São Paulo, terça-feira, 01 de agosto de 2006

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Mercadante ataca Alckmin e Serra critica Lula em encontro da Força

LEANDRO BEGUOCI
ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Os dois principais candidatos ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB) e Aloizio Mercadante (PT), ignoraram a disputa entre eles e atacaram os rivais que postulam a Presidência da República. Ambos participaram ontem de um ciclo de palestras na sede da Força Sindical, em São Paulo.
Serra afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não sabe o que é "pacto federativo" e que a taxa de juros e o real valorizado do governo federal são algumas das causas do baixo crescimento da economia do país e, conseqüentemente, do desemprego.
"Precisa ver o que é pacto federativo. Esse é um termo superusado e muito pouco utilizado, na verdade. Se fala muito disso. O Lula vivia falando em 2002, mas até hoje ele não sabe o que é pacto federativo. Até hoje não definiu o que é pacto federativo. Se fala muito e se faz pouco nessa matéria", disse o tucano em referência a uma aliança entre o governo federal e os governadores para evitar a guerra fiscal.
Mercadante, por sua vez, afirmou que as únicas PPPs (em referência a parcerias público-privado) que a população de São Paulo conheceu no governo Geraldo Alckmin foram prisão, pedágio e PCC. "Os três pês que o povo mais conhece é prisão, pedágio, PCC. Os três pês da parceria público-privada não saíram ainda [do papel], não ganharam força."
Nenhum deles citou o nome do adversário ao governo.
Os "ataques cruzados" entre tucano e petista ocorreram durante o ciclo de palestras promovido na sede da central sindical para um grupo de cerca de 150 sindicalistas e militantes. Também participaram das palestras os candidatos Orestes Quércia (PMDB) e Carlos Apolinário (PDT). Cada candidato foi em um horário diferente.
Serra e Mercadante também foram similares nos compromissos de desenvolvimento do Estado (Rodoanel, Ferroanel, Alcoolduto), na defesa de salário mínimo regional e na guerra fiscal. "Nós vamos enfrentar a guerra fiscal de maneira muito consistente, criando incentivos de natureza regional [no Estado]. Se eles não forem criados, não há possibilidade de enfrentar essa guerra", disse Serra.
"Toda vez que você tem uma ameaça de perda de empregos e empresas porque algum Estado da federação está dando um incentivo fiscal e, na maioria das vezes não é transparente, de questionável legalidade, o Estado tem que defender a sua economia", afirmou Mercadante.


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