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Mercadante ataca Alckmin e Serra critica Lula em encontro da Força
LEANDRO BEGUOCI
ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Os dois principais candidatos
ao governo de São Paulo, José
Serra (PSDB) e Aloizio Mercadante (PT), ignoraram a disputa entre eles e atacaram os rivais que postulam a Presidência da República. Ambos participaram ontem de um ciclo de
palestras na sede da Força Sindical, em São Paulo.
Serra afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
não sabe o que é "pacto federativo" e que a taxa de juros e o
real valorizado do governo federal são algumas das causas do
baixo crescimento da economia do país e, conseqüentemente, do desemprego.
"Precisa ver o que é pacto federativo. Esse é um termo superusado e muito pouco utilizado, na verdade. Se fala muito
disso. O Lula vivia falando em
2002, mas até hoje ele não sabe
o que é pacto federativo. Até
hoje não definiu o que é pacto
federativo. Se fala muito e se faz
pouco nessa matéria", disse o
tucano em referência a uma
aliança entre o governo federal
e os governadores para evitar a
guerra fiscal.
Mercadante, por sua vez,
afirmou que as únicas PPPs
(em referência a parcerias público-privado) que a população
de São Paulo conheceu no governo Geraldo Alckmin foram
prisão, pedágio e PCC. "Os três
pês que o povo mais conhece é
prisão, pedágio, PCC. Os três
pês da parceria público-privada
não saíram ainda [do papel],
não ganharam força."
Nenhum deles citou o nome
do adversário ao governo.
Os "ataques cruzados" entre
tucano e petista ocorreram durante o ciclo de palestras promovido na sede da central sindical para um grupo de cerca de
150 sindicalistas e militantes.
Também participaram das palestras os candidatos Orestes
Quércia (PMDB) e Carlos Apolinário (PDT). Cada candidato
foi em um horário diferente.
Serra e Mercadante também
foram similares nos compromissos de desenvolvimento do
Estado (Rodoanel, Ferroanel,
Alcoolduto), na defesa de salário mínimo regional e na guerra
fiscal. "Nós vamos enfrentar a
guerra fiscal de maneira muito
consistente, criando incentivos
de natureza regional [no Estado]. Se eles não forem criados,
não há possibilidade de enfrentar essa guerra", disse Serra.
"Toda vez que você tem uma
ameaça de perda de empregos e
empresas porque algum Estado
da federação está dando um incentivo fiscal e, na maioria das
vezes não é transparente, de
questionável legalidade, o Estado tem que defender a sua economia", afirmou Mercadante.
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