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Comissão de Ética sugere que assessor de Lula não seja grosseiro em público
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
O assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia teve comportamento impróprio a um servidor público, ainda mais no exercício
de uma função tão próxima
ao presidente Lula, concluiu
a Comissão de Ética Pública,
vinculada à Presidência.
Garcia deve receber hoje a
recomendação expressa da
comissão para que não aja
mais de modo grosseiro publicamente e que torne mais
amistosa sua conduta. O órgão não tem poder punitivo.
No último dia 17, o assessor de Lula foi flagrado por
um cinegrafista da TV Globo
fazendo um gesto obsceno
em um gabinete no Planalto
durante a reportagem que
dizia que o acidente da TAM
poderia ter sido causado por
um defeito no avião.
Reunido ontem com a
Executiva Nacional do PT
em São Paulo, Marco Aurélio
se queixou ontem de falta de
solidariedade do partido. Segundo participantes da reunião, ele reclamou especificamente dos deputados federais Marcos Maia (RS) e
Maria do Rosário (RS), que o
criticaram publicamente.
Ele se disse vítima de invasão de privacidade. Lembrando sua atuação à frente
do PT, Marco Aurélio disse
que estava pagando um preço alto por ter enfrentado setores da sociedade, inclusive
a mídia, e advertiu o PT para
o risco de permitir o ataque a
seus filiados, a exemplo do
ocorrido em 2005 e 2006.
Após a cobrança, o PT decidiu divulgar nota em sua
defesa, contrariando até manifestações feitas à entrada
do encontro. Questionado se
era oportuna a divulgação de
uma nota, o líder da bancada
do PT na Câmara, Luiz Sérgio (RJ), foi categórico: "Sinceramente, acho que não".
Colaborou a Reportagem Local
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