São Paulo, sábado, 01 de agosto de 2009 |
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foco De antídoto, o recesso se tornou estímulo para crise
CATIA SEABRA DA REPORTAGEM LOCAL Num Senado em pé de guerra, governo e oposição concordam em ao menos um ponto: fracassou a aposta no recesso parlamentar como antídoto para a crise enfrentada pelo presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). A dois dias da volta ao trabalho, senadores admitem que o recesso acabou por acentuar a instabilidade de Sarney. Em seus redutos, parlamentares sofreram pressão de eleitores. Defensor de Sarney, até o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), lança dúvidas sobre o sucesso da estratégia. "O recesso sempre acalma mais. Não sei se é o caso. Seria bom que fosse." Renato Casagrande (PSB-ES) reconhece que a suspensão das atividades não inibiu o ritmo das investigações, nem o trabalho na imprensa. "O Senado entrou em recesso. A crise, não. Ao contrário. Continuou a pautar a sociedade", disse. O democrata Heráclito Fortes (PI) conta ter sido abordado até em fila de aeroportos para falar sobre a turbulência no Senado. O petista Delcídio Amaral (MS) afirma que "se imaginava que o recesso abrandaria a crise". Mas reconhece: "o senador volta à base e vira alvo de pressão". Mesmo na base governista, a expectativa é que o parlamentares voltem sob a influência do clima das ruas, dificultando a situação de Sarney. Abaixo-assinado Ontem, militantes do PSOL coletaram assinaturas na avenida Paulista (São Paulo) para um manifesto que pede a saída de Sarney. O abaixo-assinado será apresentado no Senado quando os parlamentares voltarem do recesso. Colaborou a Folha Online Texto Anterior: Senado: Acusações contra Sarney são coisa histórica na casa, diz Lula Próximo Texto: Sarney vendeu terra comprada em 2001 de morto em 1996 Índice |
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