|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
IMPRENSA
ANJ critica proibição de notícia sobre desembargador na Bahia
MATHEUS MAGENTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
A ANJ (Associação Nacional de Jornais) criticou ontem, em nota, uma decisão
judicial que proibiu o jornal
baiano "A Tarde" de publicar
reportagens sobre um desembargador suspeito de
vender sentenças no Estado.
A ANJ caracterizou a liminar de "censura prévia" que
"viola frontalmente o espírito e a letra da liberdade de
expressão assegurada pela
Constituição".
O juiz Márcio Braga, da 31ª
Vara dos Feitos de Relações
de Consumo Cíveis e Comerciais de Salvador, proibiu o
jornal de divulgar "quaisquer
notícias que causem lesão à
imagem e à honra" do desembargador Rubem Dário
Peregrino Cunha.
Em 2008 o Tribunal de
Justiça baiano abriu sindicância sobre uma gravação
telefônica na qual o filho do
desembargador, Nizan Cunha, foi supostamente flagrado negociando uma sentença do pai. O caso foi encaminhado em junho deste ano
ao CNJ (Conselho Nacional
de Justiça). A Folha não
conseguiu localizar o desembargador.
Para o diretor-executivo
do grupo "A Tarde", Sylvio
Simões, a decisão prejudica
"não apenas o jornal, mas toda uma sociedade que precisa ser informada". O jornal
recorreu.
Texto Anterior: TJ proíbe "Estado" de noticiar ação contra filho de Sarney Próximo Texto: "Atos ultrassecretos" dão reajuste retroativo Índice
|