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Procuradoria denuncia mais nove ex-deputados por máfia
Ex-presidente do Etco, Emerson Kapaz é um dos novos alvos de acusação
Além de congressistas, foram denunciados 49 assessores e ex-assessores de parlamentares e um servidor público da Saúde
FRANCISCO FIGUEIREDO
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA
O Ministério Público Federal
de Mato Grosso ofereceu ontem denúncia contra mais nove
ex-deputados federais, 49 assessores e ex-assessores parlamentares e um servidor público do Ministério da Saúde por
suposto envolvimento na máfia
das sanguessugas. Entre os novos denunciados está o ex-deputado Emerson Kapaz (SP),
que comunicou nesta semana
seu desligamento da presidência do Etco (Instituto Brasileiro
de Ética Concorrencial).
Segundo um dos responsáveis pela denúncia, o procurador da República Paulo Gomes
Ferreira Filho, a nova lista é
fruto da continuação das investigações da Operação Sanguessuga. Em junho, o Ministério
Público Federal de Mato Grosso denunciou 81 nomes. Iniciada no Estado, a investigação ganhou projeção nacional com a
instalação da CPI dos Sanguessugas no Congresso, que indicou o envolvimento de 69 deputados e três senadores que
ainda exercem mandato.
O procurador-geral da República, Antonio Fernando de
Souza, já pediu a abertura de
inquérito no Supremo Tribunal Federal contra 84 atuais
congressistas.
Dos 9 ex-deputados denunciados ontem, ao menos 4 já
apareciam em pedidos anteriores de investigação, divulgados
pela própria CPI: Emerson Kapaz, Gessivaldo Isaías (PTB-PI), Matusael do Nascimento
(PSB-RJ) e Nair Xavier Lobo
(PMDB-GO).
José Aleksandro, candidato
ao governo do Acre pelo Prona,
foi citado em lista da Controladoria Geral da União como um
dos deputados cujas emendas
beneficiaram a máfia das ambulâncias. Ainda fazem parte
da lista divulgada ontem Cleuber Carneiro (PTB-MG), Eber
Silva (PST-RJ), Luís Eduardo
de Oliveira (PP-RJ) e Paulo de
Velasco (PSL-SP).
De acordo com o procurador,
a denúncia se baseia em informações do processo já em andamento na Justiça Federal e
inclui dados bancários, fiscais e
telefônicos obtidos sob sigilo.
Formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção
passiva são os crimes pelos
quais os 59 nomes estão sendo
acusados. O procurador não
descartou o oferecimento de
novas denúncias.
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