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Ministério Público não trabalha sob pressão, diz Antonio Fernando
Procurador-geral afirma que frase de Lewandowski não afeta sua denúncia
SIMONE IGLESIAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O procurador-geral da República, Antonio Fernando de
Souza, afirmou ontem em Porto Alegre que a declaração do
ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski, de que a denúncia do
mensalão foi analisada com a
"faca no pescoço", não interfere
na sua denúncia nem na atuação do Ministério Público Federal.
"É um assunto que ao Ministério Público não afeta em nenhuma medida", disse Antonio
Fernando. Questionado se se
sentiu pressionado e se a afirmação de Lewandowski tornou
frágil a aceitação de sua denúncia pelos ministros, Antonio
Fernando disse que a Procuradoria não trabalha submetida a
pressões. Segundo ele, o STF já
deixou claro que quer agilizar a
ação penal. "O Ministério Público, em nenhuma de suas instâncias, trabalha submetido a
pressão. Os colegas sabem usar
na medida exata as garantias
constitucionais que lhes são
outorgadas e nada é recebido
como pressão", afirmou.
O procurador-geral disse que
o está fazendo uma análise do
pronunciamento do relator,
Joaquim Barbosa, e de todas as
discussões que ocorrerem no
tribunal ao longo dos cinco dias
de julgamento, para ver se é
preciso reforçar algumas provas. "A ação penal foi aberta
agora e o seu curso é o momento próprio para que novas provas sejam acolhidas nos autos.
Estamos fazendo uma avaliação de todo o pronunciamento
do tribunal no sentido de reforçar provas, se necessário."
Segundo Antonio Fernando,
o STF demonstra claro interesse em agilizar os processos. Ele
disse não acreditar na prescrição das denúncias, por eventual demora para julgamento
dos réus.
"O tribunal já deixou claro a
todos e à nação sua preocupação em que haja uma agilidade
no processamento da ação penal", disse.
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