São Paulo, sábado, 01 de setembro de 2007

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Ministério Público não trabalha sob pressão, diz Antonio Fernando

Procurador-geral afirma que frase de Lewandowski não afeta sua denúncia

SIMONE IGLESIAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, afirmou ontem em Porto Alegre que a declaração do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski, de que a denúncia do mensalão foi analisada com a "faca no pescoço", não interfere na sua denúncia nem na atuação do Ministério Público Federal.
"É um assunto que ao Ministério Público não afeta em nenhuma medida", disse Antonio Fernando. Questionado se se sentiu pressionado e se a afirmação de Lewandowski tornou frágil a aceitação de sua denúncia pelos ministros, Antonio Fernando disse que a Procuradoria não trabalha submetida a pressões. Segundo ele, o STF já deixou claro que quer agilizar a ação penal. "O Ministério Público, em nenhuma de suas instâncias, trabalha submetido a pressão. Os colegas sabem usar na medida exata as garantias constitucionais que lhes são outorgadas e nada é recebido como pressão", afirmou.
O procurador-geral disse que o está fazendo uma análise do pronunciamento do relator, Joaquim Barbosa, e de todas as discussões que ocorrerem no tribunal ao longo dos cinco dias de julgamento, para ver se é preciso reforçar algumas provas. "A ação penal foi aberta agora e o seu curso é o momento próprio para que novas provas sejam acolhidas nos autos. Estamos fazendo uma avaliação de todo o pronunciamento do tribunal no sentido de reforçar provas, se necessário."
Segundo Antonio Fernando, o STF demonstra claro interesse em agilizar os processos. Ele disse não acreditar na prescrição das denúncias, por eventual demora para julgamento dos réus.
"O tribunal já deixou claro a todos e à nação sua preocupação em que haja uma agilidade no processamento da ação penal", disse.


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