São Paulo, segunda-feira, 01 de setembro de 2008

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Congressistas podem convocar diretor da Abin

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), decidiu acatar a sugestão de senadores do DEM e marcar reunião emergencial da Comissão Mista de Controle de Órgãos de Inteligência do Congresso Nacional. Os congressistas querem convocar para esclarecimentos o diretor da Abin, Paulo Lacerda, e o ministro chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Jorge Armando Félix, que também podem ser ouvidos na CPI dos Grampos da Câmara.
Garibaldi também pretende solicitar na manhã de hoje uma audiência com o presidente Lula para pedir investigações.
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que pretende investigar a acusação. "Eu quero discutir com o presidente Gilmar Mendes e depois, na Câmara dos Deputados, para ver que iniciativas podemos ter", afirmou ontem o deputado, após participar de comício ao lado do presidente Lula em Santo André, no Grande ABC.
Chinaglia classificou o caso como "extremamente grave". "Se alguém agiu errado, vai ter que pagar por isso", afirmou.
Partidos da oposição já se organizam para transformar em discurso a falta de controle do governo sobre as ações da PF e da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Em nota, o PPS pediu a demissão de Jorge Félix e Lacerda.
A Comissão Mista de Controle de Órgãos de Inteligência do Congresso Nacional foi criada junto com a Abin, em 1999, e funciona como órgão de controle externo das atividades da agência. A última vez que a comissão se reuniu, de acordo com histórico das atas do site do Senado, foi em abril de 2005. No início daquele ano, os congressistas discutiram relatório da Abin que narrava doação de US$ 5 milhões das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) ao PT. O documento foi arquivado.
Agora, a Abin é novamente alvo de críticas de parlamentares dentro do Congresso. "À primeira vista, estão me dizendo que a suspeita recai sobre a Abin, mesmo ela não estando habilitada para fazer escutas", disse o presidente do Senado.


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