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MERCOSUL
Mesmo sem "bola de cristal", Amorim vê Venezuela no bloco
Marcello Casal - 29.set.2007/ABr
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O ministro Celso Amorim é recebido por Hugo Chávez, anteontem |
FABIANO MAISONNAVE
DE CARACAS
Após reunião de duas horas com o presidente Hugo
Chávez, o chanceler Celso
Amorim voltou a prever que
o Congresso brasileiro aprovará a entrada da Venezuela
no Mercosul até o fim do ano.
"Eu não tenho bola de cristal, sobretudo quando se trata de algo no Congresso brasileiro, que é soberano e delibera de maneira livre. Mas
tenho a expectativa de que,
sim, é possível [aprovar até
dezembro]", disse Amorim,
na saída do encontro, anteontem à noite, no Palácio
Miraflores, em Caracas.
Na último dia 20, durante
encontro entre Chávez e o
presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, em Manaus, Amorim disse ao venezuelano
que havia uma "expectativa"
de aprovação até o final do
ano. Na última quarta-feira,
porém, o PT e o PSDB fizeram um acordo para adiar
até o final de outubro a votação do protocolo de adesão
da Venezuela ao Mercosul.
Com isso, o texto foi retirado
da pauta da Comissão de Relações Exteriores da Câmara,
dificultando sua aprovação.
Questionado sobre o adiamento, Amorim disse que o
assunto "preocupa", mas se
recusou a comentar: "Eu não
quero ficar aqui, fora do Brasil, discutindo um assunto
que é estritamente ligado ao
procedimento do Congresso
brasileiro. Quando eu tiver
de discutir, discutirei com os
congressistas brasileiros".
Chávez tem reclamado do
atraso na aprovação da entrada da Venezuela no Mercosul pelos Congressos brasileiro e paraguaio. O presidente venezuelano chegou a
dizer que esperaria até setembro, mas depois recuou.
A aprovação do ingresso da
Venezuela tem sofrido oposição do PSDB e do DEM, sobretudo depois que Chávez
chamou o Congresso de "papagaio do império", em maio.
Foi a sua resposta ao Senado,
que exortou o governo venezuelano a rever decisão de
não renovar a concessão da
emissora RCTV.
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