São Paulo, segunda-feira, 01 de novembro de 2004 |
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PAINEL Pele de cordeiro 1 Depois do discurso do sangue, vêm aí as palavras de conciliação. Diante da adversidade que se abateu sobre o PT no segundo turno, será esse o tom adotado pelos cardeais do partido. Pele de cordeiro 2 Açoitados por um quadro em que as poucas vitórias em capitais relevantes foram obtidas pela esquerda do partido, os dirigentes petistas cuidarão agora de ressaltar a importância da boa convivência entre governo e oposição "pelo bem do país". Dura na queda Marta foi Daiane na entrevista do reconhecimento da derrota. Não chorou e, à diferença de alguns petistas à sua volta, não saiu arranjando desculpas. Sede de vingança 1 Não sairá de graça para Eduardo Suplicy a entrevista em que sua namorada voltou a metralhadora contra Marta a uma semana do segundo turno. Na esteira do episódio, o PT de São Paulo está inclinado a realizar prévias para definir o candidato do partido ao Senado em 2006. Sede de vingança 2 O PT paulistano não acha que Suplicy, pré-candidato à reeleição, perderia a prévia. Deseja apenas vê-lo passar pela máquina de moer carne antes de conseguir a legenda para tentar um novo mandato no Senado. Bolsa de apostas Na composição da prefeitura Serra, deve ser considerado o nome do médico e deputado federal José Aristodemo Pinotti, que abriu mão de sua candidatura para o PFL formar a chapa com o tucano. Não necessariamente para a pasta da Saúde. Na saúde e na doença De Aloizio Mercadante, pré-candidato do PT ao governo paulista, sobre indicadores de que sua rejeição cresceu com os programas de "desconstrução" de Serra: "Não deixo companheiros na mão em horas difíceis. Faço política por convicção, não por interesse pessoal". Rumo a 2006 Nem Serra, nem Marta. Encerrado o debate na Globo, Geraldo Alckmin foi o grande sucesso entre os indecisos escalados pela emissora para entrevistar os candidatos. Vários procuraram o governador para bater papo. Califórnia azul Com a vitória de Welson Gasparini em Ribeirão Preto, os tucanos tomaram a "Califórnia Vermelha" petista. Das 54 cidades da região, 38 serão comandadas pelo PSDB, que quer utilizar a administração na terra do ministro Antonio Palocci como mais um contraponto ao PT. Brisa na selva Alfredo Nascimento (Transportes) comemorou nas ruas de Manaus a vitória de Serafim Corrêa (PSB). O governador Eduardo Braga (PPS), que se aliou ao PFL, foi um dos grandes derrotados. "O vento da mudança chegou a Manaus", filosofa o ministro dos Transportes. Halloween Antes da votação em Manaus, uma mulher que se autodefine com bruxa desafiou: "Se Amazonino não ganhar, coloco fogo no corpo". O pefelista, que acabou derrotado, desdenhou: "É lamentável, mas isso não acontecerá, porque vou ganhar". Tudo em vão Oito ministros, notáveis do PT e uma overdose de Lula marcaram os últimos dias de campanha de Ana Júlia em Belém. Não surtiu efeito. Duciomar Costa (PTB), levou por larga margem. Invasão estrangeira Mais de uma centena de cabos-eleitorais foi presa em Goiânia fazendo boca-de-urna para Iris Rezende. Grande parte era de servidores públicos do DF de Joaquim Roriz (PMDB), que sonha ser governador de Goiás. TIROTEIO Do prefeito reeleito no primeiro turno do Rio, Cesar Maia (PFL), sobre a derrota dos candidatos petistas em São Paulo, Curitiba e Porto Alegre: -Nenhuma novidade. Em 2002, o PT perdeu a disputa pelo governo em todos os Estados do Sul e do Sudeste. Não se trata de fato novo, nem de tendênncia recente, nem do governo Lula. É muito mais grave CONTRAPONTO União fugaz
Motivado pelas pesquisas de
intenção de voto, que o apontavam no sábado como prefeito
quase-eleito de São Paulo, José
Serra foi votar ontem acompanhado de muitos correligionários, um grupo quase três vezes
maior do que aquele que o escoltou no primeiro turno. |
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