São Paulo, segunda-feira, 01 de novembro de 2004 |
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TODA MÍDIA Sem "equilíbrio"
Com a rapidez na apuração,
a boca-de-urna da Globo
hoje importa menos como notícia e mais como "spin" -como
disseminação de sua avaliação
sobre os fatos e efeitos.
Nem havia começado a votação, ontem, e o governo Lula já lançava pontes em direção ao PSDB, como destacou a Folha. E ontem foi sair a boca-de-urna para José Serra virar a manchete do site da estatal Radiobrás. De sua parte, FHC, em entrevista à agência Reuters, com repercussão no UOL e outros, analisou como ficam as coisas entre os tucanos e os petistas, agora: - O PT vai ter que negociar... A preocupação era que estivesse ficando poderoso demais. Mas, ao contrário, a eleição vai nos permitir fugir do risco de ter um partido dominante. Eles não são mais a única força do Brasil. Derrota de Lula As primeiras reações em sites no exterior se concentraram na derrota do PT em São Paulo. Eram títulos como "Opositor vence corrida para prefeito em São Paulo", na agência Associated Press, ou "Partido do governo sofre derrota em eleições", na Reuters. Na Bloomberg, "Serra vence em São Paulo". Os argentinos "La Nación" e "Clarín" deram chamada igual nas páginas iniciais, "Partido de Lula perde São Paulo". Poder econômico De Luiza Erundina na Jovem Pan a ACM na Globo Online, derrotados diversos questionavam ontem o peso do dinheiro -com críticas em especial à maneira como agiu o PT. Até a estatal Radiobrás ouviu o advogado Dalmo Dallari, que defendeu a introdução de financiamento público para "neutralizar o poder econômico". Larry Rohter lá Se Lula ouviu um "recado das urnas" no Brasil, no Uruguai a vitória -e o maior destaque da região em sites pelo mundo- foi de um "esquerdista" que não pára de elogiar o petista. E que já estreou ontem sob ataque de uma reportagem de Larry Rohter no "NYT", destacando a presença dominante de ex-membros dos Tupamaros, de "passado violento", em sua coalizão. Para Rohter, ele se une a Lula e outros "num bloco de governantes que têm expressado oposição" aos EUA. E cá De quebra, o mesmo Rohter publicou longa reportagem no "NYT" para avaliar que, "Se o Brasil quer assustar o mundo, está conseguindo". Relacionou o programa nuclear e a resistência a inspeções à "sensação de inferioridade" dos brasileiros em geral. Texto Anterior: Turismo parlamentar: Guias defendem congressistas em "tour" Próximo Texto: Entrevista da 2ª - Positivo: Campanhas ficaram mais racionais, diz cientista política Índice |
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