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Gestão deve ter nomes de outros Estados
DA REPORTAGEM LOCAL
O prefeito eleito José Serra deverá extrapolar as fronteiras de
São Paulo para a composição do
seu governo. A partir de hoje, Serra deverá descansar por pelo menos dois dias antes de começar a
montagem da equipe. Mas já manifestou a disposição de buscar
quadros em outras cidades.
Serra pretende contar com a experiência administrativa de dois
prefeitos tucanos em fim de mandato: o de São José dos Campos,
Emanuel Fernandes, e o de Vitória, Luiz Paulo Vellozo Lucas.
Após oito anos de mandato, os
dois deverão ser recrutados.
Sob holofotes, Serra deve, segundo aliados, dar dimensão nacional a sua equipe. "Ele deve
montar um secretariado com cara
de ministério", disse o deputado
Alberto Goldman. Um dos amigos de Serra com alta cotação para
o secretariado diz que estão iludidos os que apostam numa equipe
inspirada em laços de amizade.
A busca será por nomes que
conciliem as exigências políticas à
qualidade técnica. Em negociações com o PV, o comando da
campanha do PSDB já defendeu a
indicação do ex-deputado Eduardo Jorge. Secretário de Saúde de
Marta Suplicy, poderia ocupar a
pasta de Meio Ambiente.
Além do PV, o PPS e o PDT participarão do governo. No PPS, um
nome lembrado por tucanos é o
do engenheiro Marcos Gadelho.
Ele foi presidente do Cepam no
governo Montoro, quando Serra
era secretário de Planejamento. O
PDT deverá indicar o titular da
Secretaria de Trabalho. Candidato derrotado pelo PDT, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, estuda
indicar um assessor para o cargo.
Antes da composição política,
Serra deverá mudar a estrutura
do governo. Segundo o vereador
Ricardo Montoro, Serra pretende
enxugar o secretariado, reduzindo até o número de subsecretarias
para que concentrem maior poder. "Algumas estruturas também serão criadas. Ele já falou que
criará uma secretaria ou um departamento para cuidar exclusivamente do deficiente", diz.
Ao longo da campanha, alguns
políticos ganharam força no tucanato. Coordenador político, o ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira é
citado para a Secretaria de Governo. Walter Feldman também seria uma alternativa para o cargo.
Responsável pelo programa de
governo, Clóvis Carvalho é, freqüentemente, lembrado para
atuar como um gerente na prefeitura. O de Andrea Matarazzo, para a área de desenvolvimento.
Apontado com o pai da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF), o
economista José Roberto Afonso,
um dos melhores amigos do prefeito eleito, poderia ser recrutado
para o Planejamento. Além da decisão de Serra, sua escolha dependeria da autorização do BNDES.
Questionado por interlocutores, Serra não disse ainda se buscará colaboradores no secretariado de Geraldo Alckmin. Serra
chegou a indicar o nome de Andrea Calabi, hoje secretário estadual, para seu lugar no Ministério
do Planejamento. O atual secretário de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, também trabalhou
com o prefeito eleito na Saúde.
O titular da Secretaria de Saúde
é o maior foco de atenção dos tucanos. Alguns duvidam que Serra
escolha um político, como o deputado José Pinotti (PFL), para
evitar conflito na área que deverá
ser vedete de seu governo. Por isso, apostam num técnico, como
Barradas ou o diretor do Incor,
José Antonio Ramires.
(CATIA SEABRA)
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