DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O prefeito eleito de Porto Alegre, José Fogaça (PPS), 57, confirmou que manterá o Fórum Social Mundial em Porto Alegre. Nas políticas públicas, disse que implementará modificações na área da saúde. Leia a seguir trechos da entrevista. (LG)  

Pergunta - O sr. já tem definido o secretariado e já definiu se retomará a bimestralidade para o funcionalismo municipal [reajuste de dois em dois meses, criado pelo PT, mas suspenso]?
José Fogaça - Quanto a nome de secretário, não importa se tenho ou não em mente. Será uma construção democrática. Vou ouvir os partidos e convidá-los a participar do governo. Tenho como critério a reputação ilibada e a qualidade técnica. A palavra final é minha, mas nenhuma decisão será tomada sem os partidos.
Quanto à bimestralidade, vamos manter e cumprir a lei. A lei municipal da bimestralidade será cumprida, mas não posso deixar de cumprir também a Lei de Responsabilidade Fiscal, que é uma lei maior.

Pergunta - O que está ruim na política social e deve ser mudado?
Fogaça - Há questões que, do ponto de vista administrativo e de criação de programas, devem ser atacadas. Uma é a saúde. É inadmissível que a saúde pública em Porto Alegre tenha, em 2003, ofertado 120 mil consultas especializadas que não foram realizadas, às quais a população não teve acesso. Como é possível entender que haja tão grande número de consultas especializadas em oferta, tão grande demanda por parte da população, e uma coisa não fecha com a outra? É um problema de gerenciamento, é qualidade de gestão.

Agência Folha - O sr. manterá o Fórum Social Mundial?
Fogaça - Eu dizia [na campanha] que temos de manter o que está bom e mudar o que tem de ser mudado. O Fórum Social Mundial vai ser realizado no dia 26 de janeiro. Terei de encontrar a organização estabelecida e não terei condições de criar situações novas. Vou me encarregar de procurar os organizadores do fórum e o atual prefeito para dar condições a que o fórum se realize.
O fórum é uma conquista da cidade que vai permanecer.


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