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Desembargador
denuncia colegas
da Agência Folha, em Salvador
O Tribunal de Justiça da Bahia
divulgou ontem, em nota oficial,
os nomes dos dois desembargadores e do deputado estadual que
teriam pressionado o desembargador Lourival de Jesus Ferreira a
emitir habeas corpus em favor do
preso Vander Dorneles, acusado
de roubar cargas de caminhões
no interior do Estado.
Na nota, o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Jatahy
Fonseca, diz que Ferreira apontou
os colegas Mário Albiani e Walter
Brandão, além do líder do governo na Assembléia Legislativa, Pedro Alcântara (PFL), como autores dos pedidos de liberação.
Alcântara rebateu a acusação.
"Eu apenas telefonei uma vez para o desembargador, por solicitação do advogado Márcio Bacelar,
que me pediu para ajudá-lo a agilizar o processo", disse.
Mário Albiani também negou
ter pressionado Lourival Ferreira.
"Nunca liguei para ninguém para
interceder em qualquer processo
crime. Ele (Ferreira) não merece
credibilidade. Disse que foi pressionado e depois se retratou, pediu desculpas aos seus colegas
diante do tribunal pleno". Walter
Brandão não quis se pronunciar.
Ontem à noite, a bancada de
oposição da Assembléia Legislativa da Bahia divulgou que vai pedir a abertura de processo para investigar a quebra de decoro parlamentar de Pedro Alcântara.
Depoimento
Esta semana, Lourival Ferreira
deverá ser ouvido pela CPI do
Narcotráfico, em Brasília.
Atualmente, Vander Dorneles
cumpre prisão preventiva no presídio de Feira de Santana (108 km
de Salvador). Ele foi detido pela
primeira vez em fevereiro do ano
passado, acusado de assalto a caminhões de carga.
Na época, Dorneles conseguiu
um habeas corpus, concedido por
Walter Brandão, mas voltou a ser
preso em fevereiro deste ano sob a
acusação de roubo de quatro carretas com cigarros.
Desde sua última prisão, Vander Dorneles ingressou na Justiça
com pelo menos três pedidos de
habeas corpus. Todos foram indeferidos.
(CHRISTIANNE GONZÁLEZ)
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