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Câmara compra sistema para criar retrato falado
Pacote visa coibir furtos e golpes dentro da Casa
RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Câmara dos Deputados adquiriu em novembro, por meio
de licitação, um programa de
computador para montagem
de retrato falado.
O mecanismo, cujo objetivo é
"desenhar" o rosto de uma pessoa por meio de relato de testemunhas, foi comprado por
R$ 31,8 mil em um pacote que
incluiu licença para o uso do
software, garantia de um ano e
treinamento de funcionários.
De acordo com a justificativa
dada, a compra se destina à
identificação de pessoas que,
dentro das dependências da
Câmara, praticariam furtos ou
golpes. Isso apesar de a Casa
contar com um circuito interno
de TV com cerca de 300 câmeras de vídeo e um sistema de
identificação de visitantes.
O Departamento de Polícia
Legislativa da Câmara diz que
foram registradas 267 ocorrências policiais na Casa no primeiro semestre deste ano, sendo a mais comum relacionada a
extravio de objetos (87). Teria
havido ainda 39 furtos e 28 reclamações de vítimas de estelionatários. Os números seriam
menores do que no primeiro
semestre de 2007, quando registraram-se 331 ocorrências.
A assessoria de imprensa da
Câmara afirma que cerca de 25
mil pessoas circulam na Casa
nos dias de maior movimento.
Em 2007, a Folha obteve
acesso a relatório da Polícia Legislativa que exemplificava casos ocorridos na Câmara. Em
um deles, de 2006, um homem
foi preso sob a acusação de vender "vagas de trabalho" na Casa. Ele cobraria entre R$ 300 e
R$ 1.000 dos interessados.
Outras pessoas também teriam sido flagradas vendendo
cupons para falsos sorteios de
automóveis. Também em 2006
a Polícia Legislativa prendeu,
nas dependências da Câmara,
um homem que se apresentava
como jornalista e foi acusado
de aliciar mulheres para fins de
migração.
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