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Genro de Lula é absolvido; procurador recorre
Provas contra marido de Lurian são nulas, decide juíza; Ministério Público nega ter usado gravações ilegais
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
O procurador da República
em Florianópolis, Marcelo da
Mota, recorreu ao Tribunal Regional Federal, de Porto Alegre,
da decisão da juíza Ana Cristina
Krämer, da 1ª Vara Federal Criminal de Florianópolis, que
considerou nulas as acusações
contra 31 denunciados na Operação Influenza por causa de
grampos ilegais, autorizados
apenas pela Justiça estadual.
No processo, Marcelo da Mota havia solicitado o encaminhamento ao Supremo Tribunal Federal de continuidade
nas investigações de pessoas
com foro privilegiado que apareciam nas gravações.
Entre os políticos citados nas
gravações estavam o deputado
federal Décio Lima (PT-SC), o
governador de Santa Catarina,
Luiz Henrique (PMDB), e o assessor parlamentar Marcelo
Sato Rosa, que trabalha para a
deputada estadual Ana Paula
(PT), mulher de Décio Lima.
Sato é casado com Lurian, filha
do presidente Lula.
Nas gravações, feitas em
2008, o empresário Francisco
Carlos Ramos- um dos presos
na operação- aparecia pedindo favores a Lima e Sato, segundo a Polícia Federal. Luiz Henrique era citado por interlocutores de diálogos grampeados.
""Se esses agentes políticos
cometeram crime ou não, só a
investigação em instância superior irá determinar", afirmou
o procurador de República.
Na sua edição desta semana,
a revista "Veja" divulgou supostos diálogos entre agentes políticos e empresários investigados na Operação Influenza.
De acordo com a revista, o
empresário João Nojiri aparece
em relatórios policiais reservados determinando à sua secretário depósito de R$ 10 mil ao
genro do presidente.
O advogado Ronei Danielli
negou que os diálogos sejam de
Sato e disse que entrou na Justiça com pedido de resposta para ele e de reparação por danos
morais para Lurian.
O procurador Marcelo da
Mota disse que esses diálogos
não chegaram ao processo: ""Se
houve esses grampos, eles não
foram inseridos no inquérito,
pois não estavam no processo".
Lima também disse que entrou na Justiça contra a revista
por reparação por danos morais e direito de resposta.
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