São Paulo, sexta-feira, 02 de janeiro de 2009

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Nível escolar do eleitor afeta o valor da disputa

DA REPORTAGEM LOCAL

O estudo dos pesquisadores Maurício Bugarin, Adriana Portugal e Sérgio Sakurai também aponta que nas cidades onde há maior desequilíbrio nos índices educacionais os gastos de campanha são mais elevados.
Já a distribuição equilibrada das faixas de idade nas populações dos municípios reduz os custos das campanhas, segundo a pesquisa.
Bugarin diz que "em uma sociedade em que todos têm o mesmo nível de educação, o tipo de propaganda eleitoral é mais barato, porque é feito por meio de tentativas de convencimento voltadas para plataformas políticas com objetivos específicos".
Já o eleitorado com pouca escolaridade é menos sensível a propostas baseadas em soluções técnicas, e para conquistá-lo, os políticos recorrem às propagandas de massa, que exigem muitos recursos, diz Bugarin.
"As campanhas muito caras tendem a buscar o convencimento dos leitores via imagens. Já as mais baratas, que não contam com instrumentos para a construção de fantasias, têm o potencial de reforçar a confiança da população no processo político", afirma o professor.
Quanto à divisão em faixas etárias, o pesquisador diz que "em cidades em que população é dividida em muitas classes de idade, os candidatos conseguem se especializar: alguns nas pessoas mais velhas, outros na faixa dos 40 anos e outros nos jovens. Esse foco nos nichos de idade diminui as despesas das campanhas".
A segmentação etária reduz os gastos principalmente dos candidatos ao Poder Legislativo, segundo a pesquisa.


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