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Nível escolar do eleitor afeta o valor da disputa
DA REPORTAGEM LOCAL
O estudo dos pesquisadores Maurício Bugarin, Adriana Portugal e Sérgio Sakurai
também aponta que nas cidades onde há maior desequilíbrio nos índices educacionais os gastos de campanha são mais elevados.
Já a distribuição equilibrada das faixas de idade nas populações dos municípios reduz os custos das campanhas, segundo a pesquisa.
Bugarin diz que "em uma
sociedade em que todos têm
o mesmo nível de educação,
o tipo de propaganda eleitoral é mais barato, porque é
feito por meio de tentativas
de convencimento voltadas
para plataformas políticas
com objetivos específicos".
Já o eleitorado com pouca
escolaridade é menos sensível a propostas baseadas em
soluções técnicas, e para
conquistá-lo, os políticos recorrem às propagandas de
massa, que exigem muitos
recursos, diz Bugarin.
"As campanhas muito caras tendem a buscar o convencimento dos leitores via
imagens. Já as mais baratas,
que não contam com instrumentos para a construção de
fantasias, têm o potencial de
reforçar a confiança da população no processo político", afirma o professor.
Quanto à divisão em faixas
etárias, o pesquisador diz
que "em cidades em que população é dividida em muitas
classes de idade, os candidatos conseguem se especializar: alguns nas pessoas mais
velhas, outros na faixa dos 40
anos e outros nos jovens. Esse foco nos nichos de idade
diminui as despesas das
campanhas".
A segmentação etária reduz os gastos principalmente
dos candidatos ao Poder Legislativo, segundo a pesquisa.
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