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EXECUTIVO
Governo Lula já promoveu 60 conferências, contra 21 de FHC
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O bordão preferencial do
presidente Lula se aplica a
uma prática de sua gestão:
nunca antes na história deste
país o governo fez tantas
conferências para discutir os
mais variados temas. Desde o
primeiro mandato já foram
60 (com a participação de 4
milhões de pessoas), que podem ter custado mais de R$
100 milhões ao erário.
De 1941 até hoje foram realizadas 101 conferências. No
governo FHC houve 21 delas.
Funciona assim: os ministérios definem um tema a ser
discutido, convocam a conferência e iniciam nos Estados
a discussão do assunto com
moradores, entidades, sindicatos e interessados.
Aí são eleitas pessoas que
participarão da etapa nacional. As propostas coletadas
são votadas, e as "eleitas" viram um documento que pode ser ou não seguido pelo
governo. Geralmente não
passam de uma carta de intenções. Muitas dependem
de votação no Congresso.
Quando convoca, é o governo quem banca os eventos (passagens, hospedagem,
alimentação, estrutura). Em
média custam R$ 3 milhões.
Algumas atingem cifras
bem maiores: a Primeira
Conferência Nacional de Segurança Pública de 2009
custou R$ 9,82 milhões. A
primeira Confecom (de comunicação), realizada em
dezembro, foi orçada em R$
8 milhões. Participaram da
última 7.100 pessoas, das
quais 2.100 foram trazidas a
Brasília pelo governo.
A Secretaria Especial de
Direitos Humanos realizou
12 conferências desde 2003
-o maior número de conferências feitas por um órgão.
Na defesa das conferências, o governo diz que a ideia
do SUS (Sistema Único de
Saúde) surgiu desses debates. "Você pode fazer política
pública isoladamente ou discutindo com a sociedade.
Nós preferimos discutir", diz
João Ribeiro, responsável
pela organização da 2ª Conferência Nacional de Cultura.0
(ANDREZA MATAIS)
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