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PT tenta superar conflitos; PSDB vê racha
Jutahy Júnior (PSDB-BA), deputado federal próximo a Serra, afirma que "quem tem dois palanques não tem nenhum'
PSB diz não ver problema em ter só 7 palanques estaduais fortes; PV afirma que tentará lançar candidato próprio em 26 das 27 disputas regionais
Sérgio Lima - 27.jul.09/Folha Imagem
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Sérgio Guerra(PE), presidente do PSDB, em Brasília
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os dirigentes partidários de
PT, PSDB, PSB e PV, as legendas que até agora encabeçam as
principais pré-candidaturas à
Presidência, fazem análises
distintas ao falar da sustentação regional das chapas.
O PSDB ressalta que em vários Estados a coalizão de apoio
ao presidente Luiz Inácio Lula
da Silva está em disputa interna
e pode lançar mais de um palanque, o que considera sinal de
problema para o adversário.
"Quem tem dois palanques
não tem nenhum. Isso gera um
conflito que não raro inviabiliza a própria ida do candidato ao
Estado", afirma o deputado federal Jutahy Júnior (BA), um
dos tucanos mais próximos ao
governador José Serra (SP).
Segundo ele, o partido trabalha para ter um único palanque
por Estado.
O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), afirma
que muito dos palanques pró-Dilma são de fachada. E cita o
próprio caso: "Em 2006, tínhamos palanques majoritários
em todo o Nordeste, mas tivemos desempenho deplorável.
Isso porque não era real o grau
de adesão. Eram palanques fortes, mas com campanha fraca".
Outro exemplo de popularidade regional que não se transferiu no montante esperado ao
candidato à Presidência ocorreu em Minas Gerais, também
na campanha de 2006. O governador Aécio Neves (PSDB) foi
reeleito com 77% dos votos válidos, mas o candidato da legenda ao Palácio do Planalto, Geraldo Alckmin, obteve no Estado um desempenho abaixo de
sua média nacional.
Divergências
O presidente do PT, deputado federal Ricardo Berzoini
(SP), afirma que o partido trabalha para solucionar as divergências entre aliados nos Estados e unificar as candidaturas,
mas reconhece que isso não será possível em alguns casos, como em Mato Grosso do Sul, onde o lançamento de Zeca do PT
deve levar o governador André
Puccinelli (PMDB) para a campanha tucana. "Às vezes, as divergências regionais se sobrepõem. O que temos de fazer é
tentar administrar e evitar que
isso contamine a candidatura
presidencial", disse.
O secretário-geral do PSB,
senador Renato Casagrande
(ES), diz não ver problema no
fato de a candidatura Ciro
-que pode desistir da disputa- ter apenas sete palanques
estaduais fortes de sustentação: "Não haverá palanque exclusivo. Mesmo onde não tenhamos candidato, teremos
candidato a vice, ao Senado, e,
ao negociarmos as coligações,
vamos exigir que o palanque receba o Ciro".
O PV reafirmou que tentará
lançar candidato próprio em
pelo menos 26 das 27 disputas
regionais -no Acre, já definiu
que apoiará Tião Viana (PT).
"Os nossos candidatos têm agora um percentual baixo nas
pesquisas, mas acreditamos
que eles serão puxados para cima pela Marina", afirmou Alfredo Sirkis, que coordena a
pré-candidatura de Marina.
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