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Juiz que expediu mandado diz que
não sabia que empresa era de Murad
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O juiz José Carlos Madeira, da
Justiça Federal no Maranhão, que
expediu o mandado de busca e
apreensão de documentos na Lunus, disse ontem que não sabia
que Jorge Murad era proprietário
da empresa.
Ele afirmou que apenas mandou cumprir a busca e apreensão
determinada pela juíza Ednamar
Silva Ramos, da Justiça Federal do
Tocantins. "Mandei cumprir a
carta precatória da juíza. No documento consta apenas o nome
da empresa. Fiquei sabendo depois que o envolvia [Murad"",
afirmou Madeira em entrevista
por telefone.
De acordo com Madeira, a determinação é que seja apreendido
todo o tipo de documento encontrado na empresa Lunus, como
cheques e talonários.
Ele afirmou que havia recebido
uma informação extra-oficial ontem à noite de que a Polícia Federal teria apreendido na Lunus
uma grande quantia em dinheiro,
que poderia chegar a R$ 2 milhões. Até as 21h30, não havia
confirmação.
Outras empresas
Segundo o juiz, além do mandado contra a Lunus, há outros envolvendo empresas investigadas
no processo referente a irregularidades na extinta Sudam (Superintendência do Desenvolvimento
da Amazônia)/Finam.
Há mandados de busca e
apreensão de documentos de outras empresas no Maranhão, mas
o juiz não disse quantas nem citou
nomes. O processo tramita em segredo de Justiça.
No mandado, a juíza justificou o
pedido de busca e apreensão dizendo que as empresas estão envolvidas "no caso da sangria de
recursos da Sudam".
Todo o material apreendido no
Maranhão será remetido para a
Justiça Federal em Palmas (TO).
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