São Paulo, domingo, 02 de março de 2008

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Lupi deve deixar o comando do PDT, diz Múcio

LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro das Relações Institucionais, José Múcio, defendeu ontem que o colega, o ministro Carlos Lupi (Trabalho), deixe a presidência do PDT para "sair da linha de fogo".
Segundo Múcio, até o final desta semana, Lupi "ficará em um dos dois lugares" -o acúmulo de funções foi apontado como imoral pela comissão de ética do governo.
"Torço para que ele fique no ministério. É mais cômodo para ele, que não pode ficar sob essa saraivada de problemas."
A situação é ruim para o governo federal, afirmou o ministro. "Evidentemente quanto menos marola para o governo, que já tem alguns problemas, melhor."
Para o ex-ministro e deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), o acúmulo de funções é normal em todo o mundo. "Dizer que não é tese da imprensa."
Sobre o eventual direcionamento de verba do Ministério do Trabalho para entidades ligadas ao PDT, tanto Múcio quanto Ciro disseram que isso deve ser apurado. Mas, na visão dos dois, o ministro Lupi já se explicou.
"O dinheiro foi recolhido, os convênios foram desmanchados, está tudo explicado", afirmou Múcio. Para ele, no entanto, fica o "incômodo" pelo fato de essas medidas só terem sido tomadas após denúncias da imprensa.
O ministro dos Esportes, Orlando Silva, também citado em denúncias de suposto favorecimento político, afirmou que a decisão de ficar ou não no ministério é do presidente Lula. "Penso que não se pode criminalizar as entidades não-governamentais. Nós não selecionamos os parceiros pelo partido político."


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