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Lupi deve deixar o comando do PDT, diz Múcio
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro das Relações
Institucionais, José Múcio, defendeu ontem que o
colega, o ministro Carlos
Lupi (Trabalho), deixe a
presidência do PDT para
"sair da linha de fogo".
Segundo Múcio, até o final desta semana, Lupi "ficará em um dos dois lugares" -o acúmulo de funções foi apontado como
imoral pela comissão de
ética do governo.
"Torço para que ele fique no ministério. É mais
cômodo para ele, que não
pode ficar sob essa saraivada de problemas."
A situação é ruim para o
governo federal, afirmou o
ministro. "Evidentemente
quanto menos marola para o governo, que já tem alguns problemas, melhor."
Para o ex-ministro e deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), o acúmulo
de funções é normal em
todo o mundo. "Dizer que
não é tese da imprensa."
Sobre o eventual direcionamento de verba do
Ministério do Trabalho
para entidades ligadas ao
PDT, tanto Múcio quanto
Ciro disseram que isso deve ser apurado. Mas, na visão dos dois, o ministro
Lupi já se explicou.
"O dinheiro foi recolhido, os convênios foram
desmanchados, está tudo
explicado", afirmou Múcio. Para ele, no entanto,
fica o "incômodo" pelo fato de essas medidas só terem sido tomadas após denúncias da imprensa.
O ministro dos Esportes, Orlando Silva, também citado em denúncias
de suposto favorecimento
político, afirmou que a decisão de ficar ou não no
ministério é do presidente
Lula. "Penso que não se
pode criminalizar as entidades não-governamentais. Nós não selecionamos os parceiros pelo partido político."
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