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Polícia de PE localiza armas que podem ter matado seguranças
DA AGÊNCIA FOLHA
Um telefonema anônimo dado na manhã de ontem à cadeia
pública de São Joaquim do
Monte (134 km de Recife-PE)
ajudou as polícias Militar e Civil a encontrarem armas que
podem ter sido usadas no confronto entre um grupo de sem-terra e cinco seguranças.
Quatro dos seguranças morreram no sábado de Carnaval,
após tentativa de invasão da fazenda por parte de integrantes
do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Nenhuma arma tinha sido
apreendida até ontem. A denúncia anônima levou as polícias ao exato local onde estavam enterradas duas espingardas calibre 12 e um revólver calibre 38, além de 11 cartuchos.
O soldado José Barbosa da
Silva Neto, que dava plantão na
cadeia pública na tarde de ontem, disse que as armas estavam dentro de uma bolsa plástica enterrada a cerca de 700
metros do local onde ocorreram as mortes. "Foi dado todo o
itinerário para a polícia chegar
ao local", disse o soldado.
Além de um oficial, um praça
e quatros soldados da PM pernambucana, participaram da
busca um delegado e mais três
agentes da Polícia Civil.
A PM, no entanto, informou
que as armas serão periciadas e
confrontadas com os projéteis
encontrados para saber se são
as armas usadas no crime.
Os integrantes do MST, que
haviam desocupado a fazenda
Consulta duas semanas antes
por causa de um mandado de
reintegração de posse, disseram que foram atacados por
"pistoleiros armados com espingardas e pistolas" e que os
sem-terra agiram "em defesa
do acampamento". Dois integrantes do MST foram presos,
mas negaram participação.
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