São Paulo, segunda-feira, 02 de março de 2009

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NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

As diferenças e os juros

ft.com
Sob o enunciado "Broken Brics?", tijolos quebrados, o site Market Watch destaca entrevista do "estrategista" da empresa de investimento Lord Abbett, para quem os Brics não são mais um grupo integrado, na crise. A Rússia perdeu diversificação e está "a maior bagunça"; e a Índia perdeu credibilidade com o escândalo Satyam. Ao Brasil, elogios pela diversificação das exportações e pelo plano que montou para enfrentar "a pressão" com estímulos ao mercado interno. O "Financial Times", num especial sobre problemas de financiamento dos emergentes, ilustrado por foto de manifestação em São Paulo (acima), avalia que por aqui se trata de "Déjà vu, mas com uma diferença", as reservas de US$ 200 bilhões. No topo das buscas de Brasil no Google News, o presidente do Banco Central chamou entrevista para dizer a mesma coisa. Em destaque também nas buscas, por outro lado, a previsão da Reuters para a semana na América Latina: os dados da produção industrial no Brasil vão mostrar novo "mergulho" e levar a cortes de juro na Colômbia, no Chile etc. Quem sabe até no Brasil, dia 11.

ATENTADO?
A explosão na Polícia Federal de Manaus, na sexta, foi a manchete do "Jornal Nacional", no sábado, falando em "cilindro misterioso". Daí aos despachos de agências como Associated Press, falando em "cilindro suspeito". A expressão "atentado" só foi surgir na estatal Agência Brasil, ontem, com a PF que "não sabe se foi atentado ou acidente", afinal, o episódio com a "bomba d’água".

O PROTETOR
news.hsbc.co.uk
A BBC postou longo perfil e entrevista, inclusive audiocast, com o padre Edilberto Sena, radialista em Santarém e "o mais ardente protetor da Amazônia". Ele votou, mas hoje questiona Lula. "As questões sociais têm sido apenas uma gota no oceano", em seu governo.

AINDA OS BOXEADORES
video.globo.com
no "Esporte Espetacular"

Na Globo, chamando para a entrevista desde o "JN", sábado, "Erislandy Lara desfaz o mistério: Afinal, o governo entregou os lutadores para Cuba contra a vontade deles?". E do boxeador cubano, no "Esporte Espetacular": "Nós quisemos voltar para Cuba. Não foi pelo governo brasileiro nem por ninguém". Lara teria falado com Lula: "Ele me tratou bem, me ofereceu tudo o que podia fazer. Ele perguntou se eu queria ficar no Brasil, eu disse que não, que queria voltar para Cuba".

O FIM DO FACTÓIDE
Para o blog de Luis Nassif no iG, a entrevista de Lara marca "o fim do factóide dos pugilistas" cuja sobrevida na própria Globo se deve ao "jornalismo enviesado".

EM QUAL ACREDITAR?
No destaque do blog de Reinaldo Azevedo na Veja.com, "é o contrário do que ele afirmou" em reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo". "Em qual Lara acreditar?"

CAVALOS BRASILEIROS
O "USA Today" postou o texto "Brasil: onde nascem os cavalos de Tróia bancários", sobre os programas que, ao entrar no computador, abrem portas a eventuais invasões. Diz que "os mais modernos, os maiores ‘trojan horses’ saem invariavalmente" daqui. Décadas de hiper-inflação levaram o sistema de transações financeiras a se "despir" e aceleraram a dependência das operações on-line.

O VELHO RUPERT
adage.com
De volta, "o arrisca-tudo"

Michael Wolff, biógrafo de Rupert Murdoch, dono de "Wall Street Journal", Fox News etc., avalia no "Ad Age" "a pior semana" do empresário sob fogo do "New York Times" por priorizar investimento em jornais e por uma charge supostamente racista no "New York Post". Wolff ironiza, sobre a reação à charge, que não se pode "demonizar o demônio" e que Murdoch "realmente gosta" de Obama. Sobre investir em jornais, Murdoch "faz o que quer, ainda que possa parecer maluco". E saúda a volta do "velho Rupert arrisca-tudo, um-negócio-por-minuto".



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@ - Nelson de Sá



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