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Diretor-geral da AIEA vem ao país discutir apoio ao Irã
Yukiya Amano quer debater a ambição nuclear iraniana
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A questão nuclear e o Irã estarão no centro da política externa brasileira durante este
mês e vão liderar a agenda de
conversas da secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, que chega hoje e
se reúne amanhã com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
e o chanceler Celso Amorim.
Também será esse o tema
principal da vinda ao país do diretor-geral da AIEA (Agência
Internacional de Energia Atômica da ONU), o japonês Yukiya Amano, prevista para a segunda quinzena deste mês.
Os EUA lideram um movimento internacional para ampliar as sanções ao Irã, que já
enriquece urânio a 20% e
ameaça chegar a 80%, o que o
deixaria às portas da fabricação
da bomba atômica.
O Brasil defende negociação
com o governo do presidente
Mahmoud Ahmadinejad, tentando fazer uma ponte entre
ele e a AIEA. O principal argumento brasileiro é o de que o
Irã já mandou uma carta para a
entidade, sugerindo um acordo
de troca de urânio por combustível. A agência não aceitou.
Ontem, Amano voltou a advertir que a agência não pode
ratificar a natureza pacífica das
pesquisas nucleares iranianas
-como Ahmadinejad alega-,
pois não teve acesso a elas.
Hillary vai se encontrar com
Amorim às 11h de amanhã, almoçará no Itamaraty e participará de uma entrevista coletiva
com o chanceler brasileiro. Depois, os dois irão se encontrar
com o presidente Lula.
Se os EUA insistem em priorizar a questão nuclear na
agenda, o Itamaraty diz que os
itens principais são "positivos".
Na lista, memorandos de
cooperação trilateral dos EUA
e do Brasil tanto com o Haiti
quanto com países africanos;
mudanças climáticas; reforma
do Conselho de Segurança da
ONU e as questões gerais da
OMC, principalmente a retomada da Rodada Doha de comércio, contra os subsídios
agrícolas dos países ricos.
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