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Campanha terá "bom nível", afirma Serra
No último dia como governador, e após ter feito ataques ao governo Lula, tucano diz esperar disputa com "base em ideias'
Tucano diz que tanto Dilma quanto Marina "são pessoas de bom nível", mas não diz que é candidato: "Só depois da convenção, em junho"
ANA FLOR
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dia após fazer duros ataques ao governo do presidente
Lula e da candidata petista ao
Planalto, Dilma Rousseff, o governador de São Paulo, José
Serra (PSDB), afirmou crer em
uma "campanha de nível" na
disputa pela Presidência.
Em seu último dia no cargo,
alternou falas de candidato
com o discurso de que sua candidatura depende do partido.
Como candidato, falou do
que espera da corrida eleitoral:
"Minha expectativa é que [a
campanha] tenha um bom nível. Tanto Dilma Rousseff
quanto Marina [Silva, pré-candidata pelo PV] são pessoas de
bom nível, eu acho que vamos
ter uma campanha de nível
com base em ideias, divergências, convergências", disse.
Questionado se a cordialidade se manteria caso o deputado
federal Ciro Gomes (PSB), conhecido por suas críticas ácidas, entre na disputa, Serra
prometeu tratamento "civilizado". Mas evitou confirmar a
candidatura. "Eu garanto que
pelo meu lado vou tratar de maneira civilizada, se eu vier a ser
candidato. Candidatura é só depois da convenção, em junho."
Na quarta-feira, no evento de
prestação de contas de sua gestão que foi a despedida oficial
do cargo, Serra fez uma menção
velada ao mensalão de 2005:
"Aqui não se cultivam escândalos, malfeitos, roubalheira".
No mesmo dia, Lula, em Brasília, atacou em discurso quem
não acorda cedo. Serra é conhecido por seus hábitos noturnos
e não costuma marcar compromissos oficiais pela manhã.
"Quem quiser dormir até as
10h, quem quiser achar que
tem que fazer relação com formador de opinião pública para
me derrotar vai ter que colocar
o pé no barro, vai ter que viajar
esse país, vai ter que correr",
disse Lula na oportunidade.
A Folha apurou que, ao saber da fala, Serra reagiu com irritação. Em conversas privadas, disse a interlocutores que
não responderia ao recado por
entendê-lo como uma tentativa de desviar para Lula o embate que deve travar com Dilma.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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