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CRIACIONISMO
Teoria é mal compreendida
MICHELSON BORGES
ESPECIAL PARA A FOLHA
Quando nos deparamos com
o desafio de explicar eventos
passados únicos e irreproduzíveis, como a origem da vida e a
origem do ser humano, acabamos ultrapassando as fronteiras da metodologia científica e
utilizamos inevitavelmente conhecimento suplementar de
natureza não científica (o que
não significa necessariamente
conhecimento anticientífico).
O evolucionista utilizará conhecimentos oriundos do naturalismo metafísico (componente não científico do evolucionismo). E o criacionista verificará a possibilidade de se
harmonizar o conhecimento
científico com o conhecimento
bíblico (componente não científico do criacionismo).
Dos entrevistados, 25% acreditam que Deus criou os seres
humanos exatamente como
são hoje. São, portanto, fixistas.
Ao contrário desses, criacionistas bem informados entendem
que Deus dotou os seres vivos
com a capacidade de variação, o
que lhes permite sobreviver em
ambientes diferenciados adquirindo adaptabilidade ao
meio: a isso chamam de microevolução. Segundo o criacionismo, Deus criou os tipos
básicos de seres vivos e eles sofreram modificações, dentro de
limites preestabelecidos. Dizer
que elas descendem de um
mesmo ancestral unicelular comum é extrapolação.
As grandes questões para as
quais parece não haver respostas satisfatórias são: qual a origem da informação complexa,
aperiódica e específica? Qual a
origem dos códigos zipados, encriptados, compartimentados e
com uma lógica algorítmica
que tem em seres inteligentes
sua única causa? O criacionista,
partindo da ideia de planejamento e propósito inteligentes
na criação, consegue fornecer
boas respostas para essas questões -mas, primeiro, precisa
ser ouvido e compreendido.
MICHELSON BORGES é jornalista e editor do
blog www.criacionismo.com.br
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