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São Paulo, sexta-feira, 02 de maio de 2003

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PAINEL

Amarra política
Governadores desconfiam de que Lula vá condicionar a liberação de recursos e de projetos aos Estados à aprovação das reformas tributária e da Previdência no Congresso. Perceberam que muitas das promessas feitas a eles pelo presidente entraram em ritmo de "banho-maria".

Melodia lulista
Lula autorizou a equipe econômica a resolver a questão dos royalties do petróleo de RJ e ES e da energia para o PR. Também prometeu verbas do BNDES a MG, para a duplicação de estradas, e ao CE. Mas a impressão dos governadores é que o ritmo das liberações vá seguir o da tramitação das reformas.

Toma-lá-dá-cá
A definição sobre os locais de grandes obras do governo federal, como a nova refinaria da Petrobras e o Centro de Pesquisas do Semi-Árido, também parece estar, na avaliação de governadores, condicionada ao apoio congressual às reformas.

Punição acelerada
A cúpula do PT pretende dar uma tramitação rápida ao processo de expulsão da senadora Heloísa Helena (AL) do partido. Avalia que, desta forma, o desgaste será menor. José Genoino já convocou uma reunião extraordinária da Executiva petista para o próximo dia 12.

Linha dura
O PT antecipou a reunião do diretório nacional de junho para meados de maio. No encontro, o PT fechará questão sobre a aprovação dos pontos mais polêmicos das reformas, inclusive a contribuição de inativos. Quem desrespeitar a ordem do diretório será expulso da sigla.

Reformas no ar
A TV e a Rádio Câmara começarão a transmitir na próxima semana o "Diário das Reformas". O programa terá meia hora por dia, às 21h30, para mostrar como anda a tramitação dos projetos e será retransmitido pela Rede Brasil, que reúne todas as emissoras educativas do país.

Medida de segurança
Sérgio Zambiasi (PTB-RS) vai pedir ao ministro Humberto Costa (Saúde) a edição de decreto que obrigue companhias de trens, aviões e ônibus a disponibilizar aos usuários máscaras cirúrgicas descartáveis. A fim de prevenir a disseminação da pneumonia asiática no Brasil.

Estilingue tucano
O site do PSDB divulgou ontem um texto, intitulado "O Primeiro de Maio de Lula", criticando a falta de ações federais para os trabalhadores. Para os tucanos, "os atos prometidos na campanha foram esquecidos".

Vidraça petista
O PSDB afirma que, com Lula, o desemprego aumentou, chegando a 12,1%, o salário mínimo perdeu poder de compra, o reajuste do funcionalismo foi de apenas 1% e houve atraso na liberação de verbas de programas sociais para trabalhadores.

A primeira vez
Marcelo Déda (PT), prefeito de Aracaju, não sabia o que gritar na passeata a favor das reformas, em Brasília: "Fiquei perdido. Foi a primeira manifestação a favor da minha vida".

Só se for para valer
Luiza Erundina (PSB) não descarta a possibilidade de disputar a sucessão de Marta. Mas exige o apoio, de fato, do PSB na campanha. A ex-prefeita considera que o partido a deixou falando sozinha em 2000.

Patrulha ambiental
Marina Silva (Meio Ambiente) iniciará semana que vem a elaboração de um plano estratégico para fiscalizar crimes ambientais na Mata Atlântica. Cerca de 70 ONGs foram convidadas a participar da primeira reunião.

Chapéu na mão
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) pediu a Ciro Gomes (Integração Nacional) a liberação de R$ 1,5 mi para obras de combate a enchentes em 11 cidades da região metropolitana de Recife.

TIROTEIO

Do deputado Pauderney Avelino (PFL-AM), sobre Lula ter pedido no Congresso para todos os deputados serem coerentes e aprovarem as reformas:
- Se o PT seguir o conselho do Lula e mantiver a coerência, não dará nenhum voto para as reformas que sempre criticou.

CONTRAPONTO

Fama de aluguel

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou ontem de manhã da tradicional missa em comemoração do Dia do Trabalho, na Igreja Matriz de São Bernardo do Campo (SP).
A missa foi celebrada pelo cardeal-arcebispo de São Paulo, dom Cláudio Hummes, que foi responsável pela igreja na época das greves do ABC lideradas pelo atual presidente.
Cerca de 1.200 pessoas estavam no local e aplaudiram Lula quando ele entrou na igreja ao lado da primeira-dama, Marisa da Silva, e de vários ministros.
Em seguida, entraram dom Cláudio e vários religiosos, entre eles Frei Betto, assessor especial de Lula. A platéia voltou a aplaudir. Dessa vez, o cardeal.
Nesse momento, um outro assessor de Lula aproveitou para ironizar o colega:
- O pior é que o Frei Betto vai achar que os aplausos são para ele...



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