São Paulo, domingo, 02 de maio de 2010

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1º de Maio em SP vira ato de apoio a Dilma

Ao se referir à eleição, Lula afirmou aos sindicalistas "vocês sabem quem eu quero"

Mastrangelo Reino/Folha Imagem
Dilma Rousseff e Lula na festa da CUT, em SP, na qual chorou ao dizer que voltará à mesma vida após deixar a Presidência

FLÁVIO FERREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Políticos e sindicalistas pediram votos para a pré-candidata do PT Dilma Rousseff na festa de 1º de Maio organizada ontem pela Força Sindical e pela CGBT (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) ontem em São Paulo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma não fizeram menções diretas à pré-candidatura da petista, mas Lula, ao se referir às eleições, afirmou: "Vocês sabem quem eu quero".
Além de defender a ex-ministra-chefe da Casa Civil, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT), presidente da Força Sindical, atacou o pré-candidato do (PSDB), José Serra, ex-governador de São Paulo .
A festa contou patrocínio de cerca de R$ 1 milhão de estatais federais, como Caixa Econômica Federal, Petrobrás, Banco do Brasil e Eletrobrás, além de empresas privadas.
Lula discursou e disse que a imprensa iria criticá-lo por comparecer pela primeira vez ao evento da Força Sindical em ano eleitoral. "Mas não tem problema. Eu duvido que em alguma parte do mundo um presidente depois de sete anos teve coragem de ir a um ato encarar os trabalhadores", disse.
O presidente afirmou que parte da elite fica "infeliz" pelo fato de ele ser reconhecido pela imprensa internacional como um político influente. Segundo ele, essas "elites" o criticavam "por não saber inglês" e agora o veem conquistando "vitórias" para o país, como a Olimpíada de 2016 e a Copa de 2014.
Em seu discurso, Dilma várias vezes disse frases do tipo "o que vem por aí é mais riqueza", numa alusão à continuidade das obras de Lula. Ela citou números do governo, como a criação de 12 milhões de empregos.
Entre os que usaram o palanque para promover de forma expressa a candidatura da petistas estavam o ministro do Trabalho Carlos Lupi e Antonio Neto, presidente da CGBT.
O deputado Paulinho chegou a puxar o coro de "olê, olê, olê, olá, Dilma, Dilma", mas não teve apoio da plateia.
Em seguida o sindicalista afirmou que convidou Serra para o evento, mas o tucano não compareceu porque "não gosta dos trabalhadores" e "quer tirar os direitos dos trabalhadores".
Antes de a comitiva presidencial chegar, ao menos cinco mulheres do movimento sindical já haviam falado de Dilma.
Elza de Fátima Costa Pereira, tesoureira do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, afirmou: "Eu voto em Dilma Rousseff para presidente do Brasil. Vamos continuar o que está dando certo para os trabalhadores"
O público da festa foi estimado pela Polícia Militar em 450 mil pessoas. Os organizadores disseram que o evento teve a participação de 1 milhão de pessoas. Sindicalistas reforçaram a campanha pela redução da jornada de trabalho para 40 horas. Os trabalhadores que foram à festa assistiram a shows e participaram de sorteios.


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