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Em SC, Serra pede oração a evangélicos
Tucano faz discurso com várias referências bíblicas e é chamado de "futuro presidente"
"Rezem a Deus por mim no sentido de eu ter mais sabedoria para enfrentar as batalhas que teremos", disse o pré-candidato aos fieis
GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMBORIÚ (SC)
O pré-candidato do PSDB à
Presidência, José Serra, fez um
discurso repleto de referências
bíblicas diante de uma plateia
de missionários evangélicos e
foi saudado como "futuro presidente" por pastores da Assembleia de Deus, ontem à noite em Camboriú (SC).
"Orem, rezem a Deus, por
mim no sentido de eu ter mais
sabedoria para enfrentar as batalhas e as lutas que nós temos
daqui por diante", discursou,
aludindo a uma passagem do
Velho Testamento em que o rei
Salomão pede a Deus sabedoria
para governar.
Na discurso, o católico Serra
vinculou passagens da Bíblia à
sua atuação como ministro da
Saúde e governador. Citando
trecho do Evangelho de João,
sobre Cristo ter vindo à Terra
para dar "vida abundante", o
tucano lembrou que propôs legislação restritiva ao cigarro
em São Paulo para dar "qualidade de vida" à população.
Serra falou para um auditório lotado com cerca de 10 mil
pessoas, segundo pastores da
Assembleia de Deus.
Líderes da igreja pentecostal
afirmaram que o discurso foi
ouvido por 160 mil pessoas que
participaram do encontro 28º
Encontro Internacional de
Missões dos Gideões Missionários, espalhados em um parque
de Camboriú. A Polícia Militar
não fez estimativa de público.
O palanque evangélico de
Serra foi articulado pelo pastor
Everaldo Pereira, presidente
do PSC (Partido Social Cristão), sigla aliada de Lula no
Congresso e que deverá apoiar
o tucano na eleição. A Assembleia de Deus é a igreja da pré-candidata Marina Silva (PV).
Pastores trataram Serra várias vezes como "futuro presidente". Durante sua oração, o
pastor Cezino Cavalcante pediu que os fieis rezassem para
que o presidenciável se elegesse e conclamou o ex-governador a voltar ao encontro em
2011 como presidente. O pré-candidato disse "amém".
O pastor Reuel Bernardino
incentivou a ovação a Serra:
"Esse povo não só ora como vota, haverá um rebuliço no país".
Após ganhar uma Bíblia de
Cezino, Serra concedeu uma
rápida entrevista em que defendeu o trabalho missionário
das igrejas e negou ter ido a
Santa Catarina apenas em busca do voto evangélico.
Ao sair do ginásio, diante de
uma multidão que gritava seu
nome, Serra fez o V de vitória.
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