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São Paulo, segunda-feira, 02 de junho de 2003

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TENSÃO NO CAMPO

Fazenda da Embrapa no PR é desocupada

Cerca de 1.000 sem-terra ligados ao MST invadem áreas em SP e RN

DA AGÊNCIA FOLHA

Agricultores ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) promoveram duas invasões durante o fim de semana envolvendo mais de mil famílias. Uma delas ocorreu no Rio Grande do Norte. A outra foi no interior de São Paulo.
Na noite de sábado, cerca de 600 famílias invadiram uma fazenda em Mossoró (271 km de Natal).
A área invadida pertence à empresa Maísa, que já foi a maior produtora de frutas do Estado, e que hoje está falida. A área está abandonada há dois anos, segundo o MST na região. Os coordenadores do MST no Estado informam que mais de 600 famílias estão acampadas no local e que não há um prazo para a desocupação.
O movimento exige que a área da fazenda seja declarada improdutiva e possa ser distribuída por meio da reforma agrária.
A fazenda tem aproximadamente 24 mil hectares e, segundo o MST, é hoje o maior latifúndio improdutivo no Estado. Ainda de acordo com o MST, a área da fazenda seria suficiente para assentar mais do que as 600 famílias que invadiram a fazenda.

Andradina
Ontem, o MST também promoveu uma invasão em Andradina (630 km de São Paulo). Cerca de 400 famílias ligadas ao movimento invadiram uma área de aproximadamente mil hectares.
As famílias deixaram um acampamento montado na fazenda Dourados, em Mirandópolis, na manhã de ontem e foram para a área invadida.
A fazenda deveria receber ainda ontem mais famílias provenientes de grupos de sem-terra de Araçatuba. Os líderes do MST na região não quiseram dar mais informações sobre a invasão, mas afirmaram que as ações do movimento na área serão pacíficas.

Embrapa
Cerca de 400 invasores deixaram ontem pela manhã uma fazenda experimental da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), em Ponta Grossa (PR), que havia sido invadida na sexta-feira pela manhã. No mesmo dia a empresa pleiteou e conseguiu na Justiça um mandado do reintegração de posse. O governo do Estado havia dado prazo até as 15h de sábado para que os sem-terra deixassem a área, usada para pesquisas agrícolas da empresa.



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