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TENSÃO NO CAMPO
Fazenda da Embrapa no PR é desocupada
Cerca de 1.000 sem-terra ligados ao MST invadem áreas em SP e RN
DA AGÊNCIA FOLHA
Agricultores ligados ao MST
(Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra) promoveram
duas invasões durante o fim de semana envolvendo mais de mil famílias. Uma delas ocorreu no Rio
Grande do Norte. A outra foi no
interior de São Paulo.
Na noite de sábado, cerca de 600
famílias invadiram uma fazenda
em Mossoró (271 km de Natal).
A área invadida pertence à empresa Maísa, que já foi a maior
produtora de frutas do Estado, e
que hoje está falida. A área está
abandonada há dois anos, segundo o MST na região. Os coordenadores do MST no Estado informam que mais de 600 famílias estão acampadas no local e que não
há um prazo para a desocupação.
O movimento exige que a área
da fazenda seja declarada improdutiva e possa ser distribuída por
meio da reforma agrária.
A fazenda tem aproximadamente 24 mil hectares e, segundo
o MST, é hoje o maior latifúndio
improdutivo no Estado. Ainda de
acordo com o MST, a área da fazenda seria suficiente para assentar mais do que as 600 famílias
que invadiram a fazenda.
Andradina
Ontem, o MST também promoveu uma invasão em Andradina
(630 km de São Paulo). Cerca de
400 famílias ligadas ao movimento invadiram uma área de aproximadamente mil hectares.
As famílias deixaram um acampamento montado na fazenda
Dourados, em Mirandópolis, na
manhã de ontem e foram para a
área invadida.
A fazenda deveria receber ainda
ontem mais famílias provenientes
de grupos de sem-terra de Araçatuba. Os líderes do MST na região
não quiseram dar mais informações sobre a invasão, mas afirmaram que as ações do movimento
na área serão pacíficas.
Embrapa
Cerca de 400 invasores deixaram ontem pela manhã uma fazenda experimental da Embrapa
(Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária), em Ponta Grossa
(PR), que havia sido invadida na
sexta-feira pela manhã. No mesmo dia a empresa pleiteou e conseguiu na Justiça um mandado do
reintegração de posse. O governo
do Estado havia dado prazo até as
15h de sábado para que os sem-terra deixassem a área, usada para
pesquisas agrícolas da empresa.
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