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São Paulo, segunda-feira, 02 de junho de 2003

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Divisão de projetos causa desperdício

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A fragmentação dos programas sociais (cada um atua numa área) causa desperdício de dinheiro público e contribui para aumentar o faturamento da Caixa com a operação dos programas sociais.
Os ministérios titulares dos programas pagam separadamente R$ 0,35 para que a Caixa pince do Cadastro Único (um universo de 24.050.342 pessoas, em dezembro) os clientes com o perfil dos seus programas. Exemplo: o Bolsa-Escola quer famílias com filhos de 7 a 14 anos; o Bolsa-Renda seleciona famílias atingidas pela seca.
Com isso, o Bolsa-Escola paga 0,35 todo mês para a Caixa identificar cada um dos seus milhares de clientes, o Agente Jovem e o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil também. O único programa que faz sua folha de beneficiados é o Bolsa-Alimentação. Isso quer dizer que a "folha social" rodou, em 2002, cinco vezes por mês, uma para cada programa. O custo dessa operação foi R$ 5,9 milhões, parte dos R$ 104 milhões que a Caixa faturou com o Cadastro Único.
Pior: se a mesma família faz parte dos mesmos programas durante vários meses, ela custará mensalmente, para ser pinçada do Cadastro Único, R$ 0,35 para cada um deles.
O fato de a folha rodar tantas vezes não pode ser atribuído apenas à Caixa. O banco executou um serviço pedido pelos ministérios titulares dos programas (Educação, Integração Nacional, Minas e Energia e Assistência Social).
A identificação e o preenchimento dos formulários das pessoas que entram no Cadastro Único são feitos pelas prefeituras e já chegam pronto à Caixa. (GA)


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