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Divisão de projetos causa desperdício
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A fragmentação dos programas
sociais (cada um atua numa área)
causa desperdício de dinheiro público e contribui para aumentar o
faturamento da Caixa com a operação dos programas sociais.
Os ministérios titulares dos programas pagam separadamente R$
0,35 para que a Caixa pince do Cadastro Único (um universo de
24.050.342 pessoas, em dezembro) os clientes com o perfil dos
seus programas. Exemplo: o Bolsa-Escola quer famílias com filhos
de 7 a 14 anos; o Bolsa-Renda seleciona famílias atingidas pela seca.
Com isso, o Bolsa-Escola paga
0,35 todo mês para a Caixa identificar cada um dos seus milhares
de clientes, o Agente Jovem e o
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil também. O único
programa que faz sua folha de beneficiados é o Bolsa-Alimentação.
Isso quer dizer que a "folha social" rodou, em 2002, cinco vezes
por mês, uma para cada programa. O custo dessa operação foi R$
5,9 milhões, parte dos R$ 104 milhões que a Caixa faturou com o
Cadastro Único.
Pior: se a mesma família faz parte dos mesmos programas durante vários meses, ela custará mensalmente, para ser pinçada do Cadastro Único, R$ 0,35 para cada
um deles.
O fato de a folha rodar tantas vezes não pode ser atribuído apenas
à Caixa. O banco executou um
serviço pedido pelos ministérios
titulares dos programas (Educação, Integração Nacional, Minas e
Energia e Assistência Social).
A identificação e o preenchimento dos formulários das pessoas que entram no Cadastro
Único são feitos pelas prefeituras
e já chegam pronto à Caixa.
(GA)
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