São Paulo, segunda-feira, 02 de junho de 2008

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Irmã recebeu carta no começo da década de 70

DA SUCURSAL DO RIO

Pedro Alexandrino de Oliveira Filho escreveu uma carta, deixada sob a porta da casa da irmã Ângela, em Belo Horizonte, possivelmente em 1973. Não havia referências ao Araguaia no texto carinhoso. Ele evitava dar pistas acerca de seu paradeiro.
Na carta, Oliveira Filho falava da saudade, que "é grande", e que o motivo que o levara para longe da família de alguma forma o engrandecia.
"Alegrem-se em saber que o trabalho cada vez mais faz de mim homem. (...) Só assim vale a pena viver", escreveu o rapaz, possivelmente já no Araguaia, onde aderiu à guerrilha rural lá instalada desde a década anterior.
Manifestada no texto, a previsão de que no futuro voltaria a encontrar os parentes não veio a se concretizar. "Tenho confiança [de] que a vida que nos uniu, há de nos reunir um dia", dizia o futuro Peri.
O rapaz demonstrava interesse em saber como estavam os familiares. Fala nas duas sobrinhas e nas três irmãs (Ângela, Eliane e Diana), a quem faz citações individuais.
"Muito carinho sentido para vocês", fala em um trecho do manuscrito. (ST)


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