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Irmã recebeu carta no começo
da década de 70
DA SUCURSAL DO RIO
Pedro Alexandrino de Oliveira Filho escreveu uma
carta, deixada sob a porta da
casa da irmã Ângela, em Belo
Horizonte, possivelmente
em 1973. Não havia referências ao Araguaia no texto carinhoso. Ele evitava dar pistas acerca de seu paradeiro.
Na carta, Oliveira Filho falava da saudade, que "é grande", e que o motivo que o levara para longe da família de
alguma forma o engrandecia.
"Alegrem-se em saber que
o trabalho cada vez mais faz
de mim homem. (...) Só assim
vale a pena viver", escreveu o
rapaz, possivelmente já no
Araguaia, onde aderiu à
guerrilha rural lá instalada
desde a década anterior.
Manifestada no texto, a
previsão de que no futuro
voltaria a encontrar os parentes não veio a se concretizar. "Tenho confiança [de]
que a vida que nos uniu, há
de nos reunir um dia", dizia o
futuro Peri.
O rapaz demonstrava interesse em saber como estavam os familiares. Fala nas
duas sobrinhas e nas três irmãs (Ângela, Eliane e Diana),
a quem faz citações individuais.
"Muito carinho sentido
para vocês", fala em um trecho do manuscrito.
(ST)
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