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PESQUISA
Ex-mulher do presidenciável do PPS lidera em Fortaleza, com 36%; cenários estão estáveis em outras 7 capitais
Ciro impulsiona candidatura de Patrícia
IGOR GIELOW
COORDENADOR DA AGÊNCIA FOLHA
As mudanças ocorridas na composição do menu de candidatos
que o eleitor terá à frente em outubro não alteraram substancialmente o cenário político em oito
capitais pesquisadas pelo Datafolha na terça-feira passada.
As principais tendências apontadas pelas duas pesquisas anteriores, realizadas em março e em
maio, estão se consolidando neste
ponto da disputa.
Em Fortaleza, o trabalho do
presidenciável Ciro Gomes (PPS)
para angariar apoio à candidatura
de Patrícia Gomes, sua ex-mulher, tem dado certo. A vitória é
estratégica para as pretensões de
Ciro, e uma gama de partidos resolveu se unir ao PPS -do PPB
de Paulo Maluf ao PSDB do governador Tasso Jereissati.
Na pesquisa espontânea, Patrícia saltou de 2% das citações em
março para 11% agora. A expectativa de que ela ganhe também subiu de 25% em maio para 35%.
Apesar de os dados não serem
diretamente comparáveis (houve
uma desistência de peso relativo e
duas inclusões de nomes), Patrícia parece estar ganhando terreno
também na pesquisa estimulada:
tem 36% das intenções de voto
(contra 31% em maio).
O segundo lugar segue sendo
disputado pelo atual prefeito, Juraci Magalhães (PMDB, 22%) e o
deputado federal Inácio Arruda
(PC do B, 19%). Um pouco abaixo, ainda que dentro da margem
de erro para empatar tecnicamente com Arruda, vem o deputado
Moroni Torgan (PFL, 12%).
A margem de erro da pesquisa
nacional é de quatro pontos percentuais, para cima e para baixo.
Consolidação
Outras tendências estão se consolidando. Em Recife, o prefeito
Roberto Magalhães (PFL) segue
na frente, com folgados 39%.
Toda a definição do segundo
colocado depende do resultado
da disputa dentro do PSDB local:
parte dos tucanos queria lançar
João Braga. Outra parte queria
apoiar o prefeito. Em um cenário
da pesquisa do dia 28, Braga tinha
9% -fatia apetitosa num eventual segundo turno. A disputa está
nas mãos da Justiça Eleitoral.
João Paulo (PT) tem entre 14% e
16%, nas situações com ou sem
Braga, respectivamente. Carlos
Wilson (PPS) registra 9% e 13%,
respectivamente.
Prossegue relativamente tranquila para o PT a situação em Porto Alegre. Tarso Genro lidera
com 46%, dez pontos percentuais
à frente da soma de todos os seus
adversários -exatamente o número de indecisos. A pesquisa
ainda indica que 35% dos entrevistados ainda podem mudar de
idéia. Na sequência, vêm Alceu
Collares (PDT, 19%) e Yeda Crusius (PSDB, 10%).
Em Belo Horizonte, o prefeito
Célio de Castro (PSB) lidera com
28%. Em segundo, empatados
tecnicamente, vêm João Leite
(PSDB, 19%) e Cabo Júlio (PL,
14%). É a única capital onde um
tucano está bem colocado, com
chance de ir ao segundo turno.
O apoio do PDT ao PMDB de
Maria Elvira não surtiu muito
efeito. O ex-candidato pedetista
Alencar da Silveira Jr. tinha 6%
em maio, e a peemedebista, 7%.
Agora, Maria Elvira oscilou para
10%, dentro da margem de erro.
A oposição ao prefeito de Salvador, Antônio Imbassahy (PFL),
perdeu um pouco de força. Em
maio, o segundo colocado da disputa, Nelson Pellegrino (PT), tinha 22%. Agora, tem 17%.
A posição do afilhado do senador Antonio Carlos Magalhães
(PFL-BA) parece estar garantida.
Imbassahy oscilou dois pontos
percentuais, chegando aos 50%
de intenções de voto.
Mudanças
Uma das mudanças mais importantes ocorreu em Curitiba,
onde o senador Roberto Requião
(PMDB) desistiu de concorrer e
facilitou a vida do prefeito Cássio
Taniguchi (PFL, 44%).
Os 30% que Requião amealhava
em maio foram pulverizados entre seu herdeiro na vaga peemedebista, Maurício Requião (10%)
e os outros candidatos.
Em Maceió também houve mudanças significativas no cenário,
mas ainda sem um impacto preciso nas intenções de voto.
A saída do segundo colocado da
disputa não se refletiu em apoio à
prefeita Kátia Born (PSB, 29%). Se
concorresse, segundo a pesquisa,
Pastor João Luiz (PPB) teria 19%.
Por decisão do clã Farias, que domina o PPB local, ele desistiu para
apoiar José Thomas Nonô (PFL,
6% em um dos cenários pesquisados no dia 28). Paulão (PT) vem
em segundo, com 15%.
Em São Luís, o quadro ainda estava em mutação no começo da
noite de sexta, quando o PSB resolveu lançar José Antônio como
candidato em uma disputa acirrada na convenção, mas com pouco
impacto eleitoral agora. O candidato não atingiu 1% das intenções
-número do outro postulante
do partido, Anderson Lago.
Enquanto isso, o prefeito Jackson Lago (PDT) segue na frente,
com 38% das intenções de voto.
José Raimundo Rodrigues (PTB)
vem depois, com 29%, e João Castelo, do PSDB, obtém 17% das
preferências. Lago recebeu o
apoio, nesta semana, do PFL da
governadora Roseana Sarney. O
pré-candidato pefelista, Pedro
Fernandes, estava na casa dos 2%
das intenções.
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