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Ministros têm obrigação de ajudar os candidatos do PT, afirma Dulci
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) disse ontem que os ministros petistas do
governo Lula têm a "obrigação"
de participar das campanhas municipais para tentar eleger os representantes do PT nos pleitos de
outubro, porque, segundo ele, são
todos militantes do partido.
"O governo não participará e o
presidente Lula também não participará diretamente das eleições.
Nós, ministros, como militantes
partidários, fora do horário de
trabalho, ou seja, à noite ou nos finais de semana, temos não só o
direito, mas a obrigação de participar da disputa, porque somos,
antes de mais nada, militantes
partidários", afirmou.
Dulci, que participou ontem de
um seminário sobre republicanismo na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), em Belo
Horizonte, disse que "o PT não
está isolado em nenhum lugar",
ao ser questionado sobre os insucessos na formação de alianças
com partidos coligados no Congresso Nacional.
Especificamente sobre o fracasso dos acordos para compor com
o PMDB nas capitais, ele disse
que, apesar de serem da base do
governo no Congresso, os aliados
não têm obrigação de seguir com
os candidatos do PT, já que existem questões locais que devem
ser consideradas.
"Há cidades importantes em
São Paulo em que o governador
[Geraldo Alckmin] não conseguiu fazer com que os partidos da
sua base apoiassem o candidato
do PSDB. Há cidades do interior
de Minas em que partidos da base
do governador Aécio [Neves] não
estão apoiando obrigatoriamente
o candidato oficial do PSDB. A
política municipal também tem
sua lógica própria."
Mesmo assim, citou Belo Horizonte, onde o petista Fernando
Pimentel tentará a reeleição, como exemplo de que o PT conseguiu "alianças importantes". Na
capital mineira, aliaram-se ao PT
o PTB, o PL, o PPS e o PC do B, todos da base aliada no Congresso.
Quanto ao sucesso do PT nas
eleições, o ministro afirmou que
ainda é cedo para avaliar as chances de vitória, mas que as "projeções" indicam que, nas oito capitais administradas pelo partido
(São Paulo, Belo Horizonte, Porto
Alegre, Goiânia, Aracaju, Belém,
Recife e Macapá), "o PT vai para o
segundo turno".
"É sinal de que estamos na disputa. Não podemos dizer antecipadamente que vamos ganhar as
eleições, mas também os adversários não podem dizer que vamos
perder. Temos boas chances."
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