São Paulo, sexta-feira, 02 de julho de 2004

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Ministros têm obrigação de ajudar os candidatos do PT, afirma Dulci

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) disse ontem que os ministros petistas do governo Lula têm a "obrigação" de participar das campanhas municipais para tentar eleger os representantes do PT nos pleitos de outubro, porque, segundo ele, são todos militantes do partido.
"O governo não participará e o presidente Lula também não participará diretamente das eleições. Nós, ministros, como militantes partidários, fora do horário de trabalho, ou seja, à noite ou nos finais de semana, temos não só o direito, mas a obrigação de participar da disputa, porque somos, antes de mais nada, militantes partidários", afirmou.
Dulci, que participou ontem de um seminário sobre republicanismo na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), em Belo Horizonte, disse que "o PT não está isolado em nenhum lugar", ao ser questionado sobre os insucessos na formação de alianças com partidos coligados no Congresso Nacional.
Especificamente sobre o fracasso dos acordos para compor com o PMDB nas capitais, ele disse que, apesar de serem da base do governo no Congresso, os aliados não têm obrigação de seguir com os candidatos do PT, já que existem questões locais que devem ser consideradas.
"Há cidades importantes em São Paulo em que o governador [Geraldo Alckmin] não conseguiu fazer com que os partidos da sua base apoiassem o candidato do PSDB. Há cidades do interior de Minas em que partidos da base do governador Aécio [Neves] não estão apoiando obrigatoriamente o candidato oficial do PSDB. A política municipal também tem sua lógica própria."
Mesmo assim, citou Belo Horizonte, onde o petista Fernando Pimentel tentará a reeleição, como exemplo de que o PT conseguiu "alianças importantes". Na capital mineira, aliaram-se ao PT o PTB, o PL, o PPS e o PC do B, todos da base aliada no Congresso.
Quanto ao sucesso do PT nas eleições, o ministro afirmou que ainda é cedo para avaliar as chances de vitória, mas que as "projeções" indicam que, nas oito capitais administradas pelo partido (São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Goiânia, Aracaju, Belém, Recife e Macapá), "o PT vai para o segundo turno".
"É sinal de que estamos na disputa. Não podemos dizer antecipadamente que vamos ganhar as eleições, mas também os adversários não podem dizer que vamos perder. Temos boas chances."


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