São Paulo, quarta-feira, 02 de julho de 2008

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ELEIÇÕES 2008 / ALIANÇAS

PT e PSDB vão disputar menos capitais

Petistas, que tinham 23 candidatos a prefeito nas capitais em 2004, agora devem concorrer ao Executivo em apenas 19

Assim como o PT, tucanos alegam fatores "regionais" para reduzir o número de candidatos de 13 na eleição municipal passada para 11

CÍNTIA ACAYABA
FELIPE BÄCHTOLD

DA AGÊNCIA FOLHA

Os dois partidos que polarizaram as disputas eleitorais nos últimos anos no Brasil -PT e PSDB- reduziram a quantidade de candidatos a prefeito nas capitais em relação à disputa eleitoral de 2004.
Nas últimas eleições municipais, o PT lançou candidatos em 23 capitais, enquanto neste ano lançará em 19. Os tucanos tiveram cabeça de chapa em 13 capitais quatro anos atrás, enquanto neste ano serão 11.
A redução do número de candidaturas foi provocada por uma combinação de uma orientação nacional e de circunstâncias regionais, segundo o PT.
Os tucanos atribuem a quantidade menor de cabeças de chapa a articulações independentes nos Estados.
Em três capitais, o PT deixou de ter candidato próprio em favor do PSB. Também em três capitais, o PSDB decidiu apoiar candidatos do DEM (se confirmado o apoio em Palmas, TO).
Neste ano, o PSDB deixou de lançar candidatos próprios em Boa Vista (RR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN) e Vitória (ES), onde há quatros anos havia candidatos tucanos.
Em 2004, o PT tinha candidaturas próprias em Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Goiânia (GO), João Pessoa (PB) e São Luís (MA), onde neste ano preferiu apoiar outros partidos.
O presidente do PT, Ricardo Berzoini, considera que, apesar da especificidade de cada caso, houve um esforço nacional para ceder mais espaço a partidos aliados do governo Lula.
"Quando a tese de compor [de renunciar a cabeça de chapa] venceu, é porque se avaliou que era melhor para o PT. Melhor eleitoralmente, melhor para ampliar a bancada de vereadores, melhor do ponto de vista de pensar o futuro na candidatura de 2010", disse.
Segundo Berzoini, no entanto, houve resistência interna.
Em Goiânia, por exemplo, onde o PT comandava a prefeitura até 2004, a ala a favor do apoio ao ex-adversário Iris Rezende (PMDB) ganhou a convenção de delegados do partido em disputa com um grupo pró-candidatura própria por um voto de diferença -116 a 115.
Já em João Pessoa, o PT, que foi derrotado pelo PSB em 2004, aderiu ao governo municipal e optou por apoiar a reeleição de Ricardo Coutinho (PSB), mesmo sem ter candidato a vice-prefeito.

"Lógica regional"
O secretário-geral do PSDB, o deputado federal Rodrigo de Castro (PSDB-MG), diz que não existe uma "lógica nacional, mas lógicas regionais".
Castro, porém, diz que o partido procura "priorizar coligações em que há possibilidade de encaminhamento no futuro".
Em Florianópolis, os tucanos venceram as eleições em 2004, mas ficaram sem candidato após a saída do partido do prefeito Dário Berger (PMDB). O PSDB vai apoiar o DEM.


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