São Paulo, quarta-feira, 02 de julho de 2008

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outro lado

Engenheiro nega ter agido como laranja

DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado Luiz Guilherme Moreira Porto, que defende o engenheiro José Geraldo Villas Boas, diz que o contrato de consultoria que seu cliente manteve com a Alstom nunca foi "um biombo" para o pagamento de propina. "O Villas Boas é um dos maiores especialistas em energia elétrica do Brasil. Ele não foi laranja de ninguém. Ele tem um currículo invejável."
Segundo Moreira Porto, é equivocada a interpretação de que parte dos R$ 2,05 milhões recebidos pelo engenheiro na Suíça foram repassados para políticos. "Ele repassou para executivos que tinham ligações com a Alstom e que indicaram o Villas Boas para a consultoria."
Para o advogado, não é estranho que Villas Boas, que assinou o contrato de consultoria, tenha ficado com a menor parte. "Os executivos ganharam mais porque trabalharam anos nesse contrato com a Eletropaulo. Um contrato desse valor [R$ 110 milhões] exige dedicação."
Ao ser questionado se o seu cliente contara que diretores da Alstom recebiam de contratados, o que sugere um caso de corrupção privada, disse: "Se a Alstom pagou a mais e isso reverteu para os executivos, é problema privado".
Moreira Porto diz que não é certo que seu cliente confessou o crime de evasão de divisas. "Só é crime se ele ficou com mais de US$ 100 mil no final daquele ano. Ele pode ter gasto o que recebeu."


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