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PSOL entra com nova representação contra Renan
FERNANDA KRAKOVICS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PSOL fez ontem nova representação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), por indícios de
quebra de decoro parlamentar.
Ele é suspeito de grilagem de
terras em Alagoas e de ter beneficiado a cervejaria Schincariol
em troca de vantagens.
O Conselho de Ética já investiga se Renan teve despesas pagas por um lobista da empreiteira Mendes Júnior. O pedido
de abertura de um novo processo contra ele foi protocolado na
Mesa Diretora do Senado, que
ainda analisará o caso.
O PSOL também protocolou
representações na Câmara
contra os deputados Olavo Calheiros (PMDB-AL), que é irmão de Renan, e Paulo Magalhães (DEM-BA). Os dois são
suspeitas de corrupção, tráfico
de influência e fraudes em licitação em esquema com a construtora Gautama. Olavo ainda é
acusado de participação no caso Schincariol.
A Schincariol afirmou, por
meio de nota à imprensa, que a
compra da fábrica foi realizada
dentro da lei e faz parte de seu
plano de expansão.
No processo já em andamento contra Renan, os relatores
Renato Casagrande (PSB-ES),
Marisa Serrano (PSDB-MS) e
Almeida Lima (PMDB-SE) estão preocupados com a possibilidade de a perícia da Polícia
Federal não ser conclusiva.
Ainda faltam documentos e o
prazo de vinte dias para a apresentação do laudo pode ser
prorrogado.
Os relatores temem o desgaste político e a pressão no Senado se tiverem que fazer um parecer sem o respaldo total da
Polícia Federal.
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