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Com acordos, Brasil é visto como mercado militar atrativo
Motivo é volume total de
compras, de quase R$ 30 bi
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Se tudo correr como o governo prevê, os acordos para compras de submarinos, helicópteros e caças colocam o Brasil em
uma posição de destaque no bazar mundial de armas. As compras podem chegar a quase R$
30 bilhões a serem financiados
em até dez anos. Há poucos negócios deste tamanho sendo fechados ao mesmo tempo.
Assim, o Brasil segue o que
alguns vizinhos vêm fazendo. A
Venezuela é o caso mais notório, tendo comprado mais de
US$ 4 bilhões de material russo
nos últimos anos, mas o país
com a política mais compreensiva de rearmamento é o Chile.
A Colômbia também reforçou
as compras, facilitadas pela "relação carnal" com Washington.
O Brasil ainda vê com desconfiança os EUA como fornecedores militares. As vendas
estão sujeitas a revisões do
Congresso ou da Presidência.
No caso dos caças, cada candidato a fornecedor enfrenta
um problema, tornando o contrato com o Brasil um prêmio.
A americana Boeing, que
oferta o F-18 Super Hornet, está num dilema. Em 2008, perdeu a disputa de fornecimento
de aviões-tanque aos EUA.
Além disso, ela sabe que o F-18
deve perder mercado.
Entre os europeus, o Rafale
perdeu as sete concorrências
que disputou no exterior. O
Gripen sueco conseguiu uma
entrada no Leste Europeu, mas
está sendo derrotado pelo F-35
em disputas importantes.
No caso dos 51 helicópteros,
há a promessa de transferência
tecnológica, e o fato de que os
aparelhos serão montados numa subsidiária da francesa Eurocopter em Minas Gerais.
Por fim, os submarinos. O pacote francês inclui uma base
nova que poderia ficar para o
futuro. O acerto encerra mais
de 25 anos de colaboração entre Brasil e Alemanha. A Marinha diz que a França vai vender
também tecnologia para construção do casco e sistemas do
modelo nuclear, o que os alemães não oferecem.
(IG)
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