São Paulo, domingo, 2 de agosto de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FHC diz que pediu a Deus mais empregos para os brasileiros

WILLIAM FRAN€A
enviado especial a Juazeiro do Norte

O candidato Fernando Henrique Cardoso, num comício para 15 mil pessoas na noite de sexta-feira, disse que aproveitou a visita que havia feito momentos antes ao túmulo do padre Cícero para "pedir humildemente" que "Deus dê mais empregos aos brasileiros".
FHC, que quando disputou a prefeitura de São Paulo em 1985 se disse ateu, para os cearenses afirmou que fazia aquele pedido a Deus "porque ele é grande e bondoso" e porque "o Brasil está sequioso por trabalho".
"Se nós não nos curvarmos àqueles que no passado tinham o respeito do povo, se nós não implorarmos para que continuemos a ter forças, nós não vamos ser capazes de levar adiante essa grande transformação", afirmou FHC.
FHC ficou sete minutos na igreja do Perpétuo Socorro, no centro de Juazeiro do Norte (CE), onde está sepultado o corpo do padre Cícero -cuja devoção atrai 1,8 milhão de pessoas por ano à cidade.
"Vim em homenagem ao povo nordestino. Não é por uma fé em especial, é por uma fé em geral", disse o candidato tucano antes de realizar o seu primeiro comício pela reeleição no Nordeste.
FHC esteve no mesmo túmulo quando ainda era ministro da Fazenda e decidiu ser candidato à Presidência da República em 1994. Ele desviou um vôo que fazia pelo Nordeste e, acompanhado por poucos assessores, ficou em silêncio diante do altar, em oração.
Sexta-feira, FHC disse que na eleição passada obteve a arrancada após visitar Juazeiro do Norte e que, dessa vez, havia mais gente na praça que antes. "Tenho certeza de que as urnas vão responder às praças e vão estar mais cheias do que estiveram em 94", afirmou.
FHC, que se referiu à população por "meu povo" e chamou o governador Tasso Jereissati (PSDB) de "galeguinho dos zóio azu".



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.