São Paulo, domingo, 02 de setembro de 2007 |
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Painel RENATA LO PRETE painel@uol.com.br Linha de montagem
Governo e oposição partilham uma certeza: o rigor
demonstrado pelo Supremo Tribunal Federal no acolhimento da denúncia contra os 40 do mensalão criou
um padrão do qual o tribunal dificilmente irá recuar
em suas próximas decisões envolvendo políticos. Vento contra. A nação petista considera que os eventos recentes no STF tornaram mais distante o sonho de José Antonio Toffoli, ex-auxiliar de José Dirceu na Casa Civil e atual advogado-geral da União, de chegar ao tribunal na vaga que será aberta ainda durante a gestão Lula. Tentáculos. Um dirigente que participa do congresso do PT se diz espantado com a capilaridade da influência de Marta Suplicy. A ministra do Turismo, que pertence oficialmente ao ex-Campo Majoritário, tem fiéis seguidores nas correntes Novo Rumo e PTLM. "Ela é onipresente." Só dá ele. O grupo Mensagem ao Partido, capitaneado pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, é alvo preferencial das críticas de outras correntes no congresso porque, embora minoritário no PT, lidera em indicações para o segundo escalão do governo Lula.
Corregedor. A transferência do delegado Paulo Lacerda
do comando da Polícia Federal para o da Abin atende, entre outros propósitos, a um
antigo desejo do governo: vigiar a PF, que não poucas vezes o pegou de calça curta. Ouvinte. A primeira-dama, Marisa Letícia, acompanhou, num canto do salão da Granja do Torto, toda a reunião ministerial de quinta-feira. No começo, ficou em pé. Com o passar das horas, alguém cuidou de lhe levar uma cadeira. 50-50. Um dos senadores mais próximos de Renan Calheiros (PMDB-AL) recomenda cautela aos que apostam numa vantagem folgada para evitar sua cassação no plenário: "Hoje, eu diria que a Casa está dividida ao meio". Rebeldes. O PT, motivo maior de preocupação, pode dar mais votos contra Renan do que o PMDB gostaria. Além de Eduardo Suplicy (SP) e Augusto Botelho (RR), são vistos como incógnita Tião Viana (AC), Flávio Arns (PR) e Delcídio Amaral (MS). Desfalque. Na planilha mantida pelos aliados de Renan, Patrícia Saboya (PSB-CE) aparece na coluna dos votos pró-cassação. Além de estar sob a influência de Tasso Jereissati (PSDB-CE), é amiga de Heloísa Helena (PSOL-AL) e possível candidata à Prefeitura de Fortaleza. Moqueca. O Espírito Santo é só tristeza para Renan. Além de Renato Casagrande (PSB), relator que pediu a cassação, Gerson Camata (PMDB), em franca campanha pela presidência do Senado, deve votar contra o correligionário. Por fim, Magno Malta (PR) tenderia a acompanhar os demais capixabas, porque tem uma eleição dura pela frente.
Focado. Geraldo Alckmin,
nome dos tucanos para a sucessão paulistana no ano que
vem, deu palestra na sexta em
Campo Grande. Tema do
evento: "Gerente de Cidades". Do deputado petista CARLOS ZARATTINI (SP) sobre colegas de partido, Lula incluído, que não querem antecipar o debate sobre sucessão presidencial a fim de evitar atritos com partidos da base aliada. Contraponto Se manca
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal
Federal, costuma ilustrar "o problema das pessoas espaçosas, que se mostram íntimas", com uma história vivida pelo senador Daniel Krieger (1909-1990) ainda no tempo
em que o Rio de Janeiro era a capital da República. |
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