São Paulo, segunda-feira, 02 de outubro de 2000

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SALVADOR
Antonio Imbassahy atribui desempenho ao presidente do Senado e afirma que dará continuidade à política carlista e que fará alterações no secretariado
Imbassahy é reeleito no primeiro turno

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Favorito à reeleição em Salvador, o prefeito Antonio Imbassahy (PFL) prometeu ontem à noite dar continuidade à política carlista na capital baiana.
"O senador Antonio Carlos Magalhães é o principal responsável pelo meu desempenho nas eleições. É claro que vamos continuar fazendo uma administração honesta e voltada para os interesses públicos", disse Imbassahy.
Na boca-de-urna do Datafolha, Imbassahy aparece como reeleito com 55% dos votos válidos.
Ao lado do governador César Borges (PFL) e do senador ACM, Antonio Imbassahy passou toda a tarde de ontem acompanhando a votação na capital baiana no Palácio de Ondina, residência oficial do governo estadual baiano.
Evitando falar como vitorioso, Imbassahy admitiu que pode fazer "pequenas alterações" em seu secretariado, a partir de janeiro.
"É claro que pretendo fazer alguns reajustes técnicos, mas a base será mantida. Mas só vou pensar em alterações na equipe depois que o TRE divulgar o resultado oficial da eleição."
Antonio Imbassahy voltou a afirmar que sua eventual vitória em Salvador não o credencia necessariamente para disputar a sucessão estadual, em 2002.
"Passei toda a minha campanha dizendo que quero ser prefeito para dar continuidade a um projeto político iniciado em 1997, quando tomei posse. É claro que não penso em ser candidato ao governo baiano", disse.
Principal cabo eleitoral de Imbassahy, ACM recomendou humildade para os vitoriosos.
"Temos que ter muita humildade porque o vitorioso não pode ser arrogante. Até porque o resultado (a derrota) não é definitivo para quem perdeu."
Antonio Carlos Magalhães disse também que esperava o crescimento do PT nas eleições. "Com exceção do PT baiano, o partido é muito organizado no Brasil", ressaltou ACM, ironizando o partido do segundo colocado na corrida em Salvador, Nelson Pellegrino.
Durante a campanha, ACM foi atacado pelo PT durante o horário eleitoral. Ele foi comparado aos ditadores Adolf Hitler (Alemanha), Benito Mussolini (Itália) e Augusto Pinochet (Chile).
"Está provado que falar mal do carlismo na Bahia não traz resultado positivo. Os eleitores baianos sabem a diferença entre quem faz e quem apenas promete."
Principal adversário de Imbassahy, o deputado federal Pellegrino disse que somente iria se pronunciar sobre a eleição depois da divulgação oficial dos resultados.
"O mais importante de tudo é que conseguimos realizar uma campanha com propostas administrativas coerentes, sempre voltadas para a população mais carente", afirmou o petista.
O resultado da boca-de-urna confirma a repetição da eleição municipal de 1996, quando Imbassahy também derrotou Pellegrino no primeiro turno.
ACM tentou minimizar seu papel como cabo eleitoral. "As obras realizadas por Imbassahy no município é que o elegeram. Eu apenas fui seu conselheiro político."
Antonio Carlos Magalhães disse ainda que o presidente Fernando Henrique Cardoso "não é o culpado e nem o responsável" pelo desempenho do PSDB nas eleições.
"Apesar de alguns de seus ministros trabalharem intensamente e colocarem a máquina administrativa a favor do PSDB, o presidente não pode ser responsabilizado por nada", acrescentou.


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