São Paulo, segunda-feira, 02 de outubro de 2000

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ACM defende voto facultativo

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Após votar no final da manhã de ontem em Salvador, o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL), defendeu a aprovação de um projeto instituindo o voto facultativo.
"Pessoalmente, sou contra o voto obrigatório. Mas vejo muitas dificuldades na aprovação de um eventual projeto instituindo o voto facultativo no país. Existem muitos políticos que só se elegem justamente porque o voto é obrigatório", afirmou o senador.
Antonio Carlos Magalhães insinuou também que suas relações com o PMDB não devem melhorar após a eleição.
Além de trabalhar para evitar que Jader Barbalho (PMDB-PA) o suceda na presidência do Senado, ACM passou toda a semana passada trocando acusações com o deputado Geddel Vieira Lima, líder do partido na Câmara.
"Só o futuro é que vai dizer se minha relação (com o PMDB) vai melhorar ou não", disse ACM.

Geddel
O senador baiano acusa o deputado Geddel Vieira Lima de ter utilizado um pronunciamento do presidente Fernando Henrique Cardoso para favorecer o PMDB na eleição de Itapetinga (BA).
Antes de se dirigir para o Palácio de Ondina -residência oficial do governador César Borges- para acompanhar a votação no Estado, o senador voltou a criticar o ministro José Serra (Saúde).
"Não adianta nada o Serra dizer que vai me responder por escrito. Desde a semana passada eu o estou desafiando para ir comigo a Itiruçu ver como a verba do Ministério da Saúde está sendo desviada", afirmou.
Segundo ACM, a cidade recebeu R$ 2 milhões do Ministério da Saúde nos dois últimos anos e a verba teria sido utilizada para financiar campanhas de prefeitos do PSDB da região. O ministro nega as denúncias.
Bem-humorado, Antonio Carlos Magalhães deu a entender que vai chegar com "mais prestígio" político em Brasília, depois dos resultados das eleições.

Vitória
"Vou vencer em 92% dos municípios baianos. Os resultados (das eleições) também vão demonstrar que o PFL cresceu muito no país. Então, vocês que são jornalistas, é que vão dizer se tenho mais prestígio ou não."
ACM deixou o seu apartamento, na Graça (centro de Salvador), às 11h10 de ontem. Abraçado aos netos Antonio Carlos Magalhães Neto e Luís Eduardo Magalhães Filho, ACM caminhou cerca de 15 minutos, até chegar ao Clube Bahiano de Tênis, onde votou.
Borges e o prefeito de Salvador, Antonio Imbassahy, também acompanharam ACM até o Clube Bahiano de Tênis. (LF)


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