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ACM defende voto facultativo
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Após votar no final da manhã
de ontem em Salvador, o presidente do Senado, Antonio Carlos
Magalhães (PFL), defendeu a
aprovação de um projeto instituindo o voto facultativo.
"Pessoalmente, sou contra o voto obrigatório. Mas vejo muitas
dificuldades na aprovação de um
eventual projeto instituindo o voto facultativo no país. Existem
muitos políticos que só se elegem
justamente porque o voto é obrigatório", afirmou o senador.
Antonio Carlos Magalhães insinuou também que suas relações
com o PMDB não devem melhorar após a eleição.
Além de trabalhar para evitar
que Jader Barbalho (PMDB-PA) o
suceda na presidência do Senado,
ACM passou toda a semana passada trocando acusações com o
deputado Geddel Vieira Lima, líder do partido na Câmara.
"Só o futuro é que vai dizer se
minha relação (com o PMDB) vai
melhorar ou não", disse ACM.
Geddel
O senador baiano acusa o deputado Geddel Vieira Lima de ter
utilizado um pronunciamento do
presidente Fernando Henrique
Cardoso para favorecer o PMDB
na eleição de Itapetinga (BA).
Antes de se dirigir para o Palácio de Ondina -residência oficial
do governador César Borges-
para acompanhar a votação no
Estado, o senador voltou a criticar
o ministro José Serra (Saúde).
"Não adianta nada o Serra dizer
que vai me responder por escrito.
Desde a semana passada eu o estou desafiando para ir comigo a
Itiruçu ver como a verba do Ministério da Saúde está sendo desviada", afirmou.
Segundo ACM, a cidade recebeu R$ 2 milhões do Ministério da
Saúde nos dois últimos anos e a
verba teria sido utilizada para financiar campanhas de prefeitos
do PSDB da região. O ministro
nega as denúncias.
Bem-humorado, Antonio Carlos Magalhães deu a entender que
vai chegar com "mais prestígio"
político em Brasília, depois dos
resultados das eleições.
Vitória
"Vou vencer em 92% dos municípios baianos. Os resultados (das
eleições) também vão demonstrar que o PFL cresceu muito no
país. Então, vocês que são jornalistas, é que vão dizer se tenho
mais prestígio ou não."
ACM deixou o seu apartamento, na Graça (centro de Salvador),
às 11h10 de ontem. Abraçado aos
netos Antonio Carlos Magalhães
Neto e Luís Eduardo Magalhães
Filho, ACM caminhou cerca de 15
minutos, até chegar ao Clube Bahiano de Tênis, onde votou.
Borges e o prefeito de Salvador,
Antonio Imbassahy, também
acompanharam ACM até o Clube
Bahiano de Tênis.
(LF)
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