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PREVIDÊNCIA
Subteto será votado terça-feira
Base derruba emendas à reforma no Senado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com larga margem de votos, a
base governista derrotou ontem a
oposição nas votações das principais emendas à reforma da Previdência apresentadas na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça)
do Senado, inclusive as que tentavam derrubar a taxação dos inativos -uma delas foi rejeitada por
18 votos contra e 4 a favor e a outra, por 18 votos a 3.
Os pefelistas Antonio Carlos
Magalhães (BA) e César Borges
(BA) e o tucano Tasso Jereissati
(CE) votaram com o governo,
contrariando a posição majoritária em seus partidos. ACM e Borges alegaram estar atendendo a
um pedido do governador da Bahia, Paulo Souto, para votar a favor da taxação dos inativos.
Para manter a cobrança dos inativos, o governo contou com o voto do líder do PDT, Jefferson Péres (AM). Ele disse que seu partido tem posição fechada contra a
taxação dos atuais aposentados,
porque isso seria ferir direito adquirido, mas, para os futuros aposentados, "não há óbice".
O senador Sérgio Cabral
(PMDB-RJ) também contrariou a
orientação do líder do seu partido, Renan Calheiros (AL), que encaminhou a favor da taxação, prometendo tentar aumentar a faixa
de isenção dos inativos nas negociações futuras. "Sou radicalmente contra. A cobrança é uma covardia política contra os aposentados", disse Cabral. Considerando o termo "covardia" não regimental, o presidente da CCJ, Edison Lobão (MA), pediu que a taquigrafia não o incluísse na ata da
reunião. Cabral sugeriu a substituição por "maldade".
A reunião da CCJ foi encerrada
às 20 horas. As emendas foram
agrupadas por temas e por natureza da proposta. A CCJ rejeitou
13 blocos de emendas, outros foram prejudicados e 55 grupos de
propostas serão votadas na próxima terça-feira. Entre as emendas
examinadas ontem, estavam as
que alteravam a paridade entre os
salários dos servidores na ativa e
os benefícios dos inativos (13 a 8),
a idade de aposentadoria compulsória (14 a 8), a integralidade do
valor da aposentadoria (rejeitada
em votação simbólica) e o redutor
das pensões (13 a 8).
Por depender ainda de negociação com governadores, a discussão das emendas propondo novo
critério para o subteto dos salários dos servidores estaduais foi
transferida para a terça-feira.
O ministro Ricardo Berzoini
(Previdência) disse ontem no Rio
que o "objetivo" do governo Luiz
Inácio Lula da Silva é manter a reforma previdenciária tal como
saiu da Câmara. Ele respondia sobre proposta no Senado de mudança no cálculo do subteto nos
Estados. Berzoini cobrou "empenho" dos governadores na "briga" pela preservação da proposta.
Colaborou a Sucursal do Rio
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