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Deputado petista nega relação com campanha eleitoral de Ideli
DA AGÊNCIA FOLHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O deputado estadual Dirceu
Dresch (PT-SC) afirmou ontem que jamais assinou convênios da Fetraf-Sul (Federação
dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul)
durante o governo Lula e que
nunca foi coordenador de campanhas eleitorais da senadora
petista Ideli Salvatti (SC).
Dresch disse à Folha que
desde 2002 não faz parte da
coordenação geral da entidade
e que, por isso, não cabia a ele a
assinatura de convênios. "Passei a ser coordenador-adjunto
para Santa Catarina, ficando
mais aqui. Fazia negociações,
mas na área do Plano Safra, de
política agrícola."
Dresch disse que "tinha conhecimento" de diversos projetos "com juventude, com mulheres", mas afirmou que não
era responsável por eles. "Na
parte de prestação de contas,
não fazia acompanhamento."
O deputado disse ainda que
não acredita que a federação
tenha forjado uma lista de presença com alunos fantasmas.
"Mas, se alguém fez, é o dirigente responsável que vai ter
de responder", afirmou.
Dresch negou já ter sido
coordenador de campanhas de
Ideli. "Quando ela se candidatou ao Senado, eu concorria como deputado. Não tinha como.
Quando ela foi candidata a deputada, eu apoiava outras candidaturas, da região oeste."
Enquanto articula no bastidor para tentar impedir a instalação da CPI das ONGs no Senado, Ideli negou relação com
denúncias de fraudes na Fetraf-Sul. "Tenho relação histórica com entidades do setor de
agricultura familiar, que é um
dos mais importantes de Santa
Catarina. Fiz várias emendas
para fortalecer o setor, mas nenhuma para a entidade", disse.
Em nota assinada pelo coordenador-geral Altemir Tortelli,
a Fetraf-Sul afirmou ontem
que "o convênio de R$ 1 milhão, assinado em 2003, para
treinamento de trabalhadores
rurais [em Chapecó] não existe
e nunca existiu." Tortelli negou
as supostas fraudes em listas.
"Prezamos pela nossa história
e nossa moral. Nunca houve
uma orientação dessas."
CPI
Parada há quase um ano, a
CPI das ONGs pode ser instalada amanhã. A proposta surgiu
na época das eleições, por conta
do episódio da compra de um
dossiê por petistas contra tucanos. A suspeita é que o dinheiro
para comprar o dossiê teria vindo do caixa de uma ONG ligada
a Jorge Lorenzetti, ex-churrasqueiro de Lula. A filha dele, Natália Lorenzetti, trabalha no gabinete de Ideli Salvatti e ganha
R$ 4.000 por mês.
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