DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Senado extinguiu a Secretaria de Planejamento de Longo Prazo e mais 626 cargos no governo na última quarta-feira, mas, até agora, na prática, nada mudou. O órgão continua existindo, graças ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que ainda não autorizou publicar no "Diário Oficial" da Casa o ato declaratório que anuncia a decisão do plenário.
Até que saia no "DO", os empregos dos contratados pela MP estão mantidos, mesmo que muitos já não compareçam mais ao local de trabalho. Na sexta-feira, a Folha esteve no prédio onde funciona a secretaria, mas não encontrou ninguém. A MP criou 79 cargos para a nova pasta até então comandada por Mangabeira Unger.
A decisão, que considerou a MP sem "relevância e urgência", só pode ser publicada no "DO" depois de o presidente do Senado assinar o ato declaratório. A Folha apurou que desde a quarta, a assessoria da Casa encaminhou a Renan o documento.
Renan estaria atendendo a pedido do governo para autorizar a publicação depois que o Planalto encontrar solução para o impasse. Hoje, Lula se reúne com o conselho político e deve discutir de que forma irá recriar a secretaria e os cargos.


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