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Órgão vai apurar irregularidades em assentamentos desmatados
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Numa resposta à lista divulgada nesta semana pelo Ministério do Meio Ambiente -que
incluiu assentamentos da reforma agrária no topo do ranking dos maiores desmatadores
da Amazônia Legal- o presidente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Rolf Hackbart, determinou ontem uma "varredura" nos oito assentamentos
citados no documento.
Em ofício encaminhado à superintendência do órgão em
Mato Grosso, onde estão assentamentos que aparecem na lista, Hackbart pede que, num
prazo de 90 dias, seja produzido um relatório com o levantamento de todas as "irregularidades" nesses projetos, criados
entre 1995 e 2002.
No caso, as "irregularidades"
estão relacionadas à atuação de
grileiros dentro desses assentamentos e no aluguel de lotes lado a lado para o avanço da soja e
da pecuária. O trabalho da superintendência também estará
voltada ao georreferenciamento desses oito projetos e, a médio e longo prazos, num plano
de recuperação das áreas degradadas.
Na semana que vem, Hackbart viaja a Cuiabá para assinar
com o governo do Estado um
termo para agilizar o licenciamento prévio ambiental dos
418 assentamentos federais em
Mato Grosso, onde vivem 81
mil famílias.
"É uma resposta do Incra à
lista do Ibama. Tem desmatamento nos assentamentos da
reforma agrária, mas não são
eles os que mais desmatam na
Amazônia", disse ontem Hackbart.
(EDUARDO SCOLESE)
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