São Paulo, sexta-feira, 02 de outubro de 2009

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

4 milhões de alunos

Reprodução de TV


De Fernando Haddad, olhar fixo, em rede nacional: "Nas primeiras horas da manhã, fomos informados por um jornal da grande circulação que uma prova do Enem havia sido furtada e oferecida para publicação.
Da descrição da jornalista, pudemos identificar fortes indícios de que era autêntico. Com base nisso, em nome da credibilidade e segurança que o Enem possui, decidimos adiar sua realização".
Na manchete de "O Estado de S. Paulo" de ontem, "Prova vaza e MEC decide cancelar Enem". Na reportagem de Renata Cafardo e Sergio Pompeu, "o jornal foi procurado por um homem" com a prova, que disse: "Isso aqui é muito sério, derruba o ministério". Propôs vender por R$ 500 mil e acrescentou, depois: "Não tenho motivação política".
Abrindo a escalada do "Jornal Nacional" de ontem: "Uma suspeita de fraude. O Ministério da Educação cancela as provas do Enem. Quatro milhões de alunos terão que fazer a prova em novembro".




O GOLPE RACHOU

A nova "Economist", sob o título "Rachas dentro e fora", descreve como "a volta de Mr. Zelaya levou Mr. Micheletti a se comportar como o autoritário que ele afirma não ser".
Sublinha que três pessoas já foram mortas depois que "as forças de segurança reprimiram os protestos". E "agora, pela primeira vez, há rachas no governo em atividade", por parte do Congresso, dos candidatos presidenciais, das Forças Armadas. Até "o setor privado está começando a se preocupar com o custo da disputa de poder", citando a associação industrial.
Por aqui, abrindo o "Jornal do SBT", a Abert, que reúne Globo, Record e o próprio SBT, se pronunciou contra a supressão de emissoras de rádio e TV por Micheletti. Lembrou também Venezuela, Argentina.



DEPUTADO LÁ

elheraldo.hn


Raul Jungmann, que encabeça a comitiva de deputados que viajou a Honduras, surgiu na manchete on-line do "El Heraldo", que apoia o golpe e relatou as reuniões com "as elites políticas" do país



A GOVERNANÇA MUDOU

Também na nova "Economist", longa cobertura sobre a "nova normalidade", na economia global pós-crise. Entre as várias reportagens, afirma que "a face da governança econômica global está mudando", mas também se pergunta se é só "cirurgia plástica".
Saúda decisões como o G20 tomar o lugar do G7 e as reformas no FMI e, de modo similar, no Banco Mundial, abrindo caminho para a ascensão de poder das "economias emergentes, lideradas por Brasil, Rússia, Índia e China". Relata porém a resistência europeia, de Reino Unido e França.
Em especial, avisa que o maior teste da nova governança deve vir com o tempo _e a confirmação ou não, por EUA, China, Alemanha, Japão, de que vão coordenar suas políticas econômicas com os demais integrantes do G20, incluindo supervisão pelo FMI.



"NEW NORMAL"

economist.com


Lembrando que "nova normalidade" é expressão cunhada por Mohamed El-Erian, que comanda o fundo Pimco, a revista detalha o mundo "depois da tempestade" e a necessidade de ações coordenadas para os países do G20 reativarem a demanda global, mudando suas economias



OBAMA E O ATOLEIRO

Ecoava ontem, pelas agências, a frase de Lula de que "disse a Obama para vir" a Copenhague.
Nos EUA, a cobertura voltou-se à especulação sobre o eventual desgaste do presidente, pela decisão inédita. Era a manchete ontem no site Politico, "Obama está preso aos Jogos, se vencer ou se perder". Em suma, avalia que ele sofreria uma reação por tempo limitado, em caso de derrota, "mas um resultado positivo em Copenhague pode armar seus opositores com munição para mais de seis anos" com explosão de custo, controvérsias e atrasos que marcaram os Jogos, no passado. De um colunista de Chicago, "Obama saiu do pântano" que é a cena política na cidade, "por que ele quer se atolar de novo?".



ORGULHO

chinadaily.co.uk


Na primeira página do estatal "China Daily" de hoje, sobre os 60 anos da revolução, "a nova China mostra seu orgulho ao mundo", com o presidente Hu Jintao em desfile em Pequim, numa limusine Bandeira Vermelha.


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@ - Nelson de Sá


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