São Paulo, domingo, 02 de novembro de 2008

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Publicitários "reciclam" idéias com candidatos diferentes

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de receberem milhões para montar campanhas criativas e inovadoras, marqueteiros muitas vezes recorrem a idéias, slogans e até cenários de campanhas anteriores. No pleito deste ano não foi diferente.
Na campanha de Gilberto Kassab (DEM), em São Paulo, o marqueteiro Luiz Gonzalez repetiu o estilo utilizado por ele ao moldar corridas tucanas anteriores. Desta vez, quem caminhava por um corredor ou escritório de camisa azul, mangas arregaçadas e no horário político da TV era Kassab. A fórmula -com cenário semelhante- já havia sido utilizada na propaganda do então aspirante à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) em 2006 e, em 2004, na campanha do então candidato tucano eleito à Prefeitura de São Paulo, José Serra.
Os slogans dos candidatos também passam por "reciclagens". Duda Mendonça, que participou pelo menos seis campanhas neste ano, reutilizou bordões e motes. Antonio Imbassahy (PSDB) teve os slogans "testado e aprovado" e "ele fez" -ambos peças antigas do publicitário. No Rio, durante a campanha de Marcelo Crivella (PRB), utilizou o bordão "arrumar a casa", que foi usado no início do mandato de Lula.

Mesmo ritmo
Quem também espanou, intencionalmente, uma idéia utilizada com Lula foi João Santana, marqueteiro que fez a campanha de Marta Suplicy (PT), em São Paulo. No primeiro turno, a música "deixa a Marta trabalhar" era uma variação do "deixa o homem trabalhar", da campanha de Lula à reeleição, com ritmo idêntico e o mesmo início "a voz de Deus é a voz do povo". (AF)


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