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Publicitários "reciclam" idéias com candidatos diferentes
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de receberem milhões para montar campanhas
criativas e inovadoras, marqueteiros muitas vezes recorrem a
idéias, slogans e até cenários de
campanhas anteriores. No pleito deste ano não foi diferente.
Na campanha de Gilberto
Kassab (DEM), em São Paulo, o
marqueteiro Luiz Gonzalez repetiu o estilo utilizado por ele
ao moldar corridas tucanas anteriores. Desta vez, quem caminhava por um corredor ou escritório de camisa azul, mangas
arregaçadas e no horário político da TV era Kassab. A fórmula
-com cenário semelhante- já
havia sido utilizada na propaganda do então aspirante à Presidência Geraldo Alckmin
(PSDB) em 2006 e, em 2004, na
campanha do então candidato
tucano eleito à Prefeitura de
São Paulo, José Serra.
Os slogans dos candidatos
também passam por "reciclagens". Duda Mendonça, que
participou pelo menos seis
campanhas neste ano, reutilizou bordões e motes. Antonio
Imbassahy (PSDB) teve os slogans "testado e aprovado" e
"ele fez" -ambos peças antigas
do publicitário. No Rio, durante a campanha de Marcelo Crivella (PRB), utilizou o bordão
"arrumar a casa", que foi usado
no início do mandato de Lula.
Mesmo ritmo
Quem também espanou, intencionalmente, uma idéia utilizada com Lula foi João Santana, marqueteiro que fez a campanha de Marta Suplicy (PT),
em São Paulo. No primeiro turno, a música "deixa a Marta trabalhar" era uma variação do
"deixa o homem trabalhar", da
campanha de Lula à reeleição,
com ritmo idêntico e o mesmo
início "a voz de Deus é a voz do
povo".
(AF)
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