|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Centrais sindicais criticam o artigo de César Benjamin
Dirigentes dizem que texto "irresponsável e calunioso" quer
criar factoide para atingir governo Lula na eleição de 2010
Sindicalistas atacam jornal por ter publicado texto "sem ter verificado a veracidade dos fatos relatados, que se demonstraram mentirosos"
DA REDAÇÃO
Seis centrais sindicais do país
divulgaram ontem uma declaração na qual criticam a publicação do artigo "Os Filhos do
Brasil", de César Benjamin, na
edição de 27/11 da Folha.
O manifesto é assinado por
Antonio Neto (Central Geral
dos Trabalhadores do Brasil),
Artur Henrique (Central Única
dos Trabalhadores), José Calixto Ramos (Nova Central Sindical de Trabalhadores), Paulo
Pereira da Silva (Força Sindical), Ricardo Patah (União Geral dos Trabalhadores) e Wagner Gomes (Central de Trabalhadores do Brasil).
Segundo as centrais, "a publicação do irresponsável e calunioso artigo de César Benjamin insere-se num movimento
mais amplo patrocinado por
forças políticas que, afastadas
do governo central e desorientadas frente aos êxitos da administração do presidente Lula,
busca criar factoides para atingi-lo, objetivando claramente
as eleições de 2010".
No artigo, Benjamin relatou
conversa que presenciou durante a campanha de Lula em
1994, em que o então candidato
a presidente disse que, no período em que esteve preso no
Dops, em 1980, tentou "subjugar", num contexto sexual, um
companheiro de cela chamado
por ele de "menino do MEP".
Os sindicalistas afirmam que
"é inaceitável que um veículo
de comunicação como a Folha
de S.Paulo, um dos mais importantes jornais do país, dedique uma página inteira de uma
de suas edições para publicar
um artigo de conteúdo atentatório à moral do presidente da
República, sem qualquer preocupação de verificar a veracidade dos fatos relatados, que se
demonstraram mentirosos de
acordo com as declarações posteriores colhidas daqueles que
dele participaram".
Os sindicalistas afirmam que
o debate eleitoral tem de ser
sobre propostas, "evitando-se a
via da calúnia e da fofoca como
arma política e eleitoral".
Texto Anterior: Outro lado: Advogados dizem que não viram relatório Próximo Texto: Artigo: Por que agora? Índice
|