São Paulo, quarta-feira, 02 de dezembro de 2009

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Centrais sindicais criticam o artigo de César Benjamin

Dirigentes dizem que texto "irresponsável e calunioso" quer criar factoide para atingir governo Lula na eleição de 2010

Sindicalistas atacam jornal por ter publicado texto "sem ter verificado a veracidade dos fatos relatados, que se demonstraram mentirosos"


DA REDAÇÃO

Seis centrais sindicais do país divulgaram ontem uma declaração na qual criticam a publicação do artigo "Os Filhos do Brasil", de César Benjamin, na edição de 27/11 da Folha.
O manifesto é assinado por Antonio Neto (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), Artur Henrique (Central Única dos Trabalhadores), José Calixto Ramos (Nova Central Sindical de Trabalhadores), Paulo Pereira da Silva (Força Sindical), Ricardo Patah (União Geral dos Trabalhadores) e Wagner Gomes (Central de Trabalhadores do Brasil).
Segundo as centrais, "a publicação do irresponsável e calunioso artigo de César Benjamin insere-se num movimento mais amplo patrocinado por forças políticas que, afastadas do governo central e desorientadas frente aos êxitos da administração do presidente Lula, busca criar factoides para atingi-lo, objetivando claramente as eleições de 2010".
No artigo, Benjamin relatou conversa que presenciou durante a campanha de Lula em 1994, em que o então candidato a presidente disse que, no período em que esteve preso no Dops, em 1980, tentou "subjugar", num contexto sexual, um companheiro de cela chamado por ele de "menino do MEP".
Os sindicalistas afirmam que "é inaceitável que um veículo de comunicação como a Folha de S.Paulo, um dos mais importantes jornais do país, dedique uma página inteira de uma de suas edições para publicar um artigo de conteúdo atentatório à moral do presidente da República, sem qualquer preocupação de verificar a veracidade dos fatos relatados, que se demonstraram mentirosos de acordo com as declarações posteriores colhidas daqueles que dele participaram".
Os sindicalistas afirmam que o debate eleitoral tem de ser sobre propostas, "evitando-se a via da calúnia e da fofoca como arma política e eleitoral".


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