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Governo elabora pacote para índios e quilombolas
EDUARDO SCOLESE
PEDRO DIAS LEITE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Enquanto ajusta os detalhes
de um pacote de incentivos para a área econômica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
anunciou ontem a montagem
de um conjunto de medidas para a área social, chamado por
ele de "pacote de cidadania".
"Faz um ano que estou pedindo aos ministros da área social. Temos de ter uma espécie
de pacote de cidadania. Ou seja,
quilombola, terra indígena, assentamento na periferia mais
pobre: nós temos de chegar lá
com saúde, com educação, com
luz, com computador."
Lula prometeu o conjunto de
medidas, no Planalto, durante
cerimônia de comemoração do
atendimento de 5 milhões de
pessoas pelo programa Luz para Todos. "Esse país não pode
ser pensado apenas assim. Ele
tem que saber que tem coisa
que, do ponto de vista do economês, não é aquilo que o economista diz que é viável, mas,
do ponto de vista social, do
ponto de vista da solidariedade,
dos compromissos do governo,
nós temos que gastar R$ 6,5 bilhões [no programa]", afirmou.
Ainda não há data para o lançamento do pacote, que, na
prática, vai reunir programas
de governo de diferentes ministérios. A idéia é que medidas
como reconhecimento de
áreas, instalação de energia elétrica, concessão de créditos,
abertura de estradas e construção de escolas e postos de saúde
ocorram de uma só vez.
No final do ano passado, Lula
reuniu os ministros da área social para tratar desse tema. Um
outro encontro pode ocorrer
ainda nesta semana.
Durante o evento, Lula entregou placas de homenagem a
famílias beneficiadas pelo Luz
para Todos. De diferentes regiões do país, os convidados fizeram discursos de agradecimento, posaram para fotos com
o presidente e, alguns deles, entregaram presentes ao petista.
Após o evento, Lula recebeu o
cantor Geraldo Azevedo, que
um dia antes participou de
show na praça dos Três Poderes. Segundo o músico, Lula lamentou o público de 10 mil pessoas na posse e disse que segundo governo terá "mais ousadia".
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