São Paulo, quinta-feira, 03 de janeiro de 2008

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Em São Paulo, Diadema ainda usa modelo

DA REPORTAGEM LOCAL

Se o PT derrapa na maior parte das cidades paulistas que se transformaram em vitrines do partido, o mesmo não ocorre em Diadema, município da Grande São Paulo.
A cidade foi conquistada pela primeira vez pelo partido em 1982. Em seguida, uma série de rachas internos, de expulsões e desfiliações de membros marcou a sigla. Mas as duas últimas vitórias consecutivas de José de Felippi Júnior -2000 e 2004- deixaram o PT em situação confortável.
"O modo petista de governar, de participação popular nas decisões, foi fundamental para Diadema até agora. É prova de que ele pode servir de paradigma para novas bases", diz o deputado estadual Mário Reali (PT).
Outro exemplo de sucesso entre as vitrines históricas do PT é Belo Horizonte, onde o partido venceu pela primeira vez em 1992. O atual prefeito, Fernando Pimentel, não pode disputar a reeleição, mas o ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) tem boas chances.
Na cidade de São Paulo, que o partido governou com Luiza Erundina entre 1989 e 1992, as chances estão atreladas à ministra Marta Suplicy (Turismo). Apesar de bem colocada nas pesquisas, ela ainda não decidiu se concorrerá.
Em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo), berço político de Lula e do PT, o ministro Luiz Marinho (Previdência) deverá ser o candidato.
Em 1988, Maurício Soares venceu a eleição na cidade do ABC, mas deixou o PT logo após o fim de seu mandato. Desde então, os petistas nunca mais venceram na "terra de Lula".
Além do "modo de governar", as prefeituras dos anos 80 e 90 do partido criaram líderes que se tornariam importantes em sua história: Tarso Genro, Olívio Dutra e Raul Pont comandaram Porto Alegre; Antonio Palocci, Ribeirão Preto, e Celso Daniel (morto em 2002), Santo André. (JAB)


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